Política Titulo Editorial
Aposta na conversa
Do Diário do Grande ABC
21/07/2015 | 07:59
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Aline Pietri/DGABC


Como reflexo da crise hídrica que assola São Paulo, a população andreense teme ficar sem água. Considerando-se a importância do produto para a sobrevivência, a preocupação é legítima. Exatamente por isso, todos os esforços devem ser realizados para que a ameaça do racionamento seja definitivamente afastada. Nesse contexto, é extremamente bem-vinda a disposição ao diálogo do prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), e do presidente da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), Jerson Kelman.

Conversando de maneira republicana, como pedem os novos tempos da democracia brasileira, a dupla pode chegar ao consenso sobre as reais necessidades da cidade. Embora Santo André possua autarquia para coordenar o abastecimento, o município não consegue produzir toda a água que sua população consome, necessitando de repasse da Sabesp.

Não se tem nenhuma dúvida sobre a disposição do andreense em colaborar com a economia de água em tempo de seca histórica. Tanto que o chamado à racionalidade foi atendido por grande parte da população. É também inquestionável o trabalho incansável que o governo do Estado está fazendo para que o racionamento seja definitivamente afastado. Este Diário é testemunha dos investimentos vultosos que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) autoriza para que as torneiras não sequem.

Se as duas partes têm o mesmo objetivo, meio caminho já está percorrido. Do entendimento entre Grana, eleito para defender os interesses legítimos da sociedade andreense, e Kelman, indicado pelo Estado para fazer de modo eficiente a gestão da Sabesp, depende o bem-estar da população de Santo André. Se ambos divergirem e não estiverem dispostos a transigir, o elo mais fraco da corrente, o povo, acabará pagando a conta, ficando sem água. E esse desfecho não é o esperado por nenhuma pessoa de bom-senso. Pelo contrário. Ao diálogo, pois. 




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