Trabalhadores da General Motors em São Caetano seguem acampados na calçada da montadora. A mobilização ocorre há oito dias. Cerca de 150 profissionais em lay-off (suspensão temporária de contrato) e demitidos se revezam em 20 barracas para chamar a atenção da fabricante e tentar reverter as 419 dispensas que ocorreram no início do mês, especialmente as das pessoas que possuem restrição médica e, portanto, têm estabilidade.

Na sexta-feira, os acampados realizaram mobilização, que contou com o apoio de sindicalistas e profissionais de outras empresas. Os atos ocorrem sem o apoio do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano, pois estão sendo organizados pela chapa de oposição à entidade.

Procurada, a GM disse que não se pronunciará. Os demitidos, que estavam em lay-off, não tiveram a renovação de seus contratos. Na semana passada, a montadora respondeu ao Diário, para justificar os cortes: “Com o intuito de adequar-se à nova realidade do mercado, a GM, em acordo com os trabalhadores na assembleia convocada pelo sindicato no ano passado, estabeleceu que parte da produção do complexo industrial de São Caetano seria interrompida. Na ocasião, foi deliberado que os empregados envolvidos entrariam em lay-off e que, após este prazo, caso não houvesse recuperação do mercado, haveria a necessidade de redução do quadro funcional.”