A crise da empresa começou em 1986, informou Bumachar, com os planos econômicos heterodoxos do governo federal, como os Cruzado I e II e "o absurdo congelamento de preços" decretado nestes planos.
Segundo o advogado, foi necessário, a partir de 1991, um saneamento econômico e financeiro da empresa, com o controle e a contençao das empresas e o fechamento de alguns de seus supermercados. O advogado explicou que, na decretaçao do Plano Cruzado I, várias mercadorias vendidas pelas Casas da Banha estavam com preços promocionais - e, com o congelamento, estes preços tiveram de continuar a ser cobrados por um ano.
Depois disso, lembrou Bumachar, houve o confisco do Plano Collor, e o perfil financeiro da empresa agravou-se, contou o advogado. Em 1991, a folha de pagamento da rede era de US$ 2 milhoes, para remuneraçao de cerca de 9 mil empregados.
Em 1992, a Casas da Banha dispensou 3,5 mil empregados, por uma decisao judicial, e começou, gradativamente, a fechar suas portas. No ano seguinte, a rede foi alvo de 9 mil processos trabalhistas. Este número foi reduzido a 800, com o pagamento gradual de indenizaçoes pedidas em 2,8 mil processos.
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