Amargo retorno. A delegação brasileira seguiu pouco antes das 11h de ontem (16h de Brasília) do hotel em Porto Elizabete para o embarque no aeroporto da cidade. Depois do tropeço diante dos holandeses, era o começo da longa viagem de volta ao País. Haveria escala em Joanesburgo e depois o voo seguiria rumo ao Rio de Janeiro e São Paulo (chegada hoje de madrugada.

No instante em que todos estavam quase de saída, o ônibus laranja dos vencedores - algozes dos pentacampeões no Mundial da África do Sul - passou em frente do local da hospedagem dos adversários derrotados nas quartas de final.

De longe, centenas de torcedores estrangeiros aplaudiram os visitantes. A minoria (de brasileiros) preferiu vaiar especialmente o técnico Dunga, que ouviu muitas ofensas. Não houve entrevistas. Aqui (no Brasil), os jogadores só falarão nas coletivas e na zona mista, segundo impõe as regras da Fifa.

Um garoto sul-africano, James Stuart, sete anos, ganhou a camisa canarinho. O garoto entregou um desenho como lembrança ao meia Kaká. Disse que iria sentir falta do craque do Real Madrid. A polícia decidiu montar um forte sistema de segurança. Mais de dez viaturas escoltaram a comitiva sul-americana. Houve bloqueio de quatro avenidas no trajeto hotel-aeroporto - fechadas para facilitar o deslocamento do ônibus.