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SUS: seguiremos dando tudo a todos?
Do Diário do Grande ABC
05/07/2015 | 15:18
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 O Museu da Imagem e do Som, na cidade de São Paulo, foi palco recentemente de grande debate sobre a Saúde no Brasil. Debate rico em ideias, propostas e distintos pontos de vistas. Os caminhos e descaminhos do mix público-privado na Saúde brasileira foram um dos eixos principais discutidos. E se o SUS foi avaliado como bem-sucedido nos últimos 25 anos para resolver os problemas do ‘andar de baixo’ (mortalidade infantil, atenção básica, vacinação, desidratação etc), ele foi, também, apontado como menos capaz ‘para resolver os problemas dos outros andares’ (doenças cardiovasculares, neoplasias e reabilitação, por exemplo). Visão não dogmática, regulação pública, inclusão e bem-estar social foram ideias-chaves indicadas para ‘novo ciclo’ do SUS. Uma pergunta reverberou nos corações e mentes: Seguiremos dando tudo para todos?

O dedo foi colocado em várias feridas: na epidemia de cesarianas; na corrupção da indicação de órteses e próteses; no desperdício de 20% na alocação de recursos; na dissonância entre incentivos e induções dados com a mão esquerda e os gargalos burocráticos e fiscais apresentados com a mão direita; no dobro de ressonâncias magnéticas pedidas no Brasil em comparação com outros países; no subfinanciamento da Saúde no Brasil; e na iniquidade de gastos entre os sistemas supletivo e público.

Se há legitimidade nos múltiplos interesses divergentes apresentados, houve também clamores para busca de interesses comuns entre os setores público e privado. Nobre desiderato, necessário e urgente, mas não se configurou nenhuma agenda neste sentido que indicasse que ‘comuns’ seriam estes, nem quem poderia liderar essa articulação. Houve alguns sinais de que a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), que não tem rede própria de atenção à Saúde, talvez pudesse exercer esse papel mediador. Apesar da iniciativa amplamente positiva, senti falta de debate mais aprofundado sobre os determinantes sociais da Saúde, possível ‘comum’ para o público e o privado, que, para além dos fatores de risco, constituem-se em ‘causas das causas’ das doenças. Em outras palavras, a produção da Saúde, de maneira mais ampla, para além dos cuidados meramente assistenciais.

E como a busca desses ‘comuns’ passaria necessariamente por intenso e longo processo de negociação, há que se explicitar sob que égide os <CF51>players</CF> fariam esse jogo. É provável que se ‘Saúde como direito de cidadania e dever de Estado’ não for um desses comuns, a articulação não progrida muito, e a negociação passe para arena política mais ampliada com os movimentos sociais e os parlamentares como novos players desse jogo.

Marco Akerman é professor titular da Faculdade de Saúde Pública da USP e integrante do Núcleo de Ensino e Pesquisa em Educação na Saúde da Faculdade de Medicina do ABC.

Repúdio

É de domínio público que considero ineficaz a gestão da mandatária maior do Poder Executivo no âmbito federal da República do Brasil, inclusive reiteradas vezes a critiquei, critico e criticarei, com veemência, mas no meu viés, de modo algum de maneira desrespeitosa. O máximo que faço é transcrever a forma hilária, que o nobilíssimo José Simão a chama: ‘granda chefa toura sentada’. Isto posto, fiquei exasperado e repudio – também com veemência – o adesivo com ofensa sexual a presidente Dilma Rousseff, porque é inaceitável um ser vivente da espécie <CF51>homo sapiens</CF> ser tão vil, a ponto de externar, com este infame adesivo, que denota preconceito contra a mulher. Será que se o chefe da Nação fosse homem o autor vil faria um adesivo similar?

João Paulo de Oliveira

Diadema

Drácula

Assisti, nos meus tempos de infância e adolescência, nos cinemas Tamoio, Tangará e Carlos Gomes, aos filmes de Cristopher Lee (Drácula), morto recentemente, e Peter Cushing (Van Helsing) que o perseguia. Pena que na vida real o verdadeiro Drácula, aquele que chama os outros de elite, é dono de triplex no Guarujá e seus seguidores, depois de acabarem com a Petrobras, Plano Real e Brasil, a cada dia vêm com uma novidade: PIS, seguro desemprego, pensão de viúvas, aposentadoria. Em nenhum momento se ouviu falar em diminuir as pensões vultuosas do setor público, que são 80% do custo previdenciário, principalmente de gente que fatura alto mesmo estando presa, e outros que cobram fortuna por palestra que, sinceramente, não consigo entender como em tempo de dificuldade como agora, há empresas que pagam. Haja estacas de madeiras para todo este pessoal neste País.

Paride Pellicciotta

Santo André

Sofrimento

Tem País que sofre com terremoto. Outro, com furacão. Tem ainda aquele que sofre com vulcões. Alguns, com tsunami. E o Brasil? Sofre com o PT.

Luiz Roberto Batista

São Bernardo

Maioridade penal

Ainda que mitigada, acaba de ser aprovada na Câmara dos Deputados nova PEC (Proposta de Emenda Constitucional) reduzindo para 16 anos a idade de imputabilidade penal para crimes hediondos, homicídio doloso e lesão corporal seguida de morte. É ainda muito pouco. Para facilitar a aprovação do texto, excluíram crimes horríveis como tortura e o genocídio. E violentos, como o roubo qualificado. Foi o possível, infelizmente, dadas as exigências para aprovação de PECs. Esquerdistas em geral asseguram que a redução da idade não diminuirá a violência. Ora... O argumento é tão verdadeiro quanto uma nota de R$ 3. Para reduzir a violência – tema de discussão autônoma – intui-se que teriam de ser postas em prática uma série de ações sociais e de resgate da cidadania que o desgoverno do PT, em meio a uma grave crise econômica, simplesmente recusa-se até mesmo a discutir. Como nada fazem de útil, resta ao legislador – acolhendo justo pleito de quase 90% da sociedade – procurar reduzir um pouco a impunidade dos ‘dimenor’ que, hoje, sabem ter ‘licença para matar’.

Silvio Natal 

Capital

Educação

As greves dos professores em vários Estados terminaram, porém a Educação foi a única derrotada pelos péssimos gestores à frente da adminsitração pública do Brasil. A dengue está adormecida neste período de inverno, porém quem mais dorme são os responsáveis pela Saúde e administração pública.

Rafael Moia Filho

Bauru (SP)




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