A cada ano, 140 mil pessoas morrem de doenças do coração no Brasil. Os números preocupantes poderiam ser evitados se as pessoas, desde a infância e juventude, fizessem o eletrocardiograma para identificação precoce de problemas cardíacos.

Algumas complicações cardíacas como a Comunicação Interventricular e Interatrial são genéticas, e outras, como o diabetes e a hipertensão arterial são adquiridos com o tempo. O exame registra a atividade elétrica do coração, que se altera no aparecimento ou na evolução de doenças cardíacas. Tendo acompanhamento médico adequado, quase 100% dos sintomas podem ser curados.

O professor e cardiologista da FMABC (Faculdade de Medicina do ABC) José Luís Aziz detalha que não tem idade mínima para fazer o exame . "O recomendado é que seja feito ainda na infância, principalmente se a criança realizar atividades esportivas, para evitar complicações futuras e ter uma vida normal. Não custa nada fazer o exame pelo menos uma vez”, aconselha Aziz.

Para quem tem problemas cardíacos é recomendada a realização do eletrocardiograma a cada seis meses . "Esse paciente deve ter acompanhamento médico constante.O exame deve ser feito obrigatoriamente se o paciente tiver algum familiar que foi vítima de morte súbita ", alerta o cardiologista.

Vítima de infarto em 2002, a auxiliar administrativa, Maria Lúcia Botelho, 65 anos, de São Bernardo, faz o eletrocardiograma semestralmente. “Acho que todos, mesmo quem não tenha infartado, deveriam fazer a consulta”, recomenda Maria .