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Equívoco da indústria química

A economia do Brasil atravessa forte recessão e a produção industrial no Estado de São Paulo está em queda acentuada

Do Diário do Grande ABC
01/07/2015 | 08:25
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Artigo

A economia do Brasil atravessa forte recessão e a produção industrial no Estado de São Paulo está em queda acentuada. No acumulado de janeiro a abril, a retração é de 7,1%; a fabricação de veículos caiu 15,5% no ano, contribuindo para quedas nos principais segmentos da indústria química paulista: 3,7% de redução na produção de artefatos de plástico e borracha; 12,1% de queda na indústria farmacêutica; e 7,5% na fabricação de outros produtos químicos.

A decisão de retrair a produção é equivocada porque o Estudo do Potencial de Diversificação da Indústria Química Brasileira, realizado para o BNDES pelo consórcio de consultorias especializadas Bain & Company e Gas Energy, publicado em 2014, estima que a demanda local para as poliamidas especiais (em que se insere o náilon ‘6’) deve crescer 2,4% ao ano até 2020, impulsionado pelas indústrias automotiva e têxtil.

Da mesma forma, a produção de plásticos de engenharia apresenta grande potencialidade no País, dada a relevância do mercado consumidor interno, formado basicamente pela indústria automotiva e pelas novas utilizações que serão demandadas para, por exemplo, atender às exigências de resistência para a exploração de petróleo e gás nas reservas da camada do pré-sal. Mesmo assim, grandes corporações estão encerrando processos produtivos no País para aumentar as importações de suas matrizes.

Nunca é demais lembrar que as corporações químicas estrangeiras instaladas no Brasil remeteram para suas matrizes, a título de lucros e dividendos, US$ 554 milhões entre janeiro e abril deste ano. No ano passado, as remessas somaram US$ 2,1 bilhões. Se somarmos os valores remetidos a título de amortizações de empréstimos feitos pelas filiais com as matrizes, estes números saltam para US$ 1,5 bilhão nos quatro primeiros meses deste ano e US$ 5,2 bilhões ao longo de 2014.

Estamos utilizando todos os instrumentos ao nosso alcance para defender os empregos e os direitos dos trabalhadores. Já realizamos assembleias e paralisações na unidade da Basf e estamos agendando audiência com o ministro de Estado do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto.

Essas iniciativas, bem como o apoio que conferimos à política industrial do governo federal, queremos discutir nos Estados que fundamentam nossa ação diante dessa inoportuna e equivocada posição de algumas empresas e grupos, que ameaça o emprego e pode comprometer ainda mais o crescimento industrial no Estado de São Paulo e no Brasil.

Airton Cano é coordenador político da Fetquim (Federação dos Trabalhadores do Ramo Químico no Estado de São Paulo).

Palavra do leitor

Desagregação
Infelizmente, já há ditado popular: ‘o celular de hoje é a arma de amanhã’. A fiscalização do uso do aparelho não deve ser feita apenas pelos professores e diretores de ensino, e sim, em primeiro lugar, pela família, pelos pais. Professor não é babá nem agente policial. Motivo maior da proliferação dos dimenóinfrato foi a desagregação familiar. Lembro que em outras nações até os pais são penalizados quando os filhos praticam atos ilegais, ou prejudiciais a terceiros. Representantes de algumas chamadas entidades defensores da criança deveriam levá-los para residirem com suas mulher, filhas etc. Chega de benemerência com o chapéu alheio!Basta de omissão!
José Carlos Soares de Oliveira
São Bernardo

Fundação
Estive, dia 20, no campus da FSA (Fundação Santo André) e deparei-me com situação de caos, falta de respeito e selvageria. Vários alunos da faculdade largaram seus carros trancados no meio da rua, deixando outros motoristas totalmente presos, sem possibilidade de sair do campus. A desculpa era que estariam ‘atrasados para provas’. Seguranças e diretora do colégio disseram-me que não poderiam fazer nada, pois a ‘via é pública’. O departamento de trânsito informou-me não pode entrar no campus, que estaria totalmente sob a responsabilidade do reitor. Eu e minha família vimos cenas de violência, com agressões verbais e físicas entre alunos e outros motoristas. Se alguém estivesse armado, estaríamos hoje lamentando mortes dentro do campus. A quem recorrer?
Marcos Dias Alves
Capital

Sem rumo!
Lula sempre menosprezou o impacto negativo das denúncias de corrupção em sua imagem e seu projeto de poder do PT. Sobre o Mensalão, o primeiro esquema de compra de apoio parlamentar a funcionar nos governos petistas, ele dizia que o escândalo não impediu sua reeleição, em 2006, nem a vitória de Dilma Rousseff em 2010. O PT, esfacelado pela corrupção, enfrenta o pior momento de seus 35 anos de existência. E, desta vez, com a delação premiada feita pelo empreiteiro Ricardo Pessoa ao Ministério Público Federal, nem Lula nem Dilma escaparam. Será que o devaneio político de Lula chegou ao fim? O PT, que tanto pregou a moralidade no trato da coisa pública antes de ser governo, perdeu grande oportunidade de, ao longo dos anos em que é governo em todos os níveis, de liberar o País dessa corrupção. Fez o contrário! Ajudou a desenvolvê-la de maneira desbragada e sem o mínimo de respeito à sociedade. Enfim, as derrocadas contra o PT recentemente o deixaram a vagar sem rumo. Termino este texto com a frase do grande pensador Lúcio Magri (1932-2011) e que vem a calhar: ‘Quando uma liderança perde a metáfora, ela não pode mais ser recuperada por pelo menos uma geração’.
Francisco Emídio Carneiro
São Bernardo

Desperdício
Minha sugestão para a Grécia economizar, sair da crise e, assim, conseguir pagar as dívidas com os credores internacionais é: pare de quebrar pratos!
Edgard Gobbi
Campinas (SP)

Devolva-me!
Desde abril, sofro com a Vivo, porque desde o dia 6 desse mês sumiram de minha grade quatro canais: o 8 da TV aberta; o 10, universitário, o 26, Blue TV; e o 27, da RBI. Já passaram vários técnicos na minha casa e até agora só um dos canais voltou à minha grade. Até com a presidência da operadora já fiz contato, mas nada! Entrei com processo contra a Vivo no Procon de São Caetano e tenho audiência conciliatória com ela no dia 6. Espero que desta vez, com minha denúncia publicada neste Diário, seja resolvido meu problema.
Fernando Zucatelli
São Caetano

Delação premiada
Diretores da Petrobras e executivos de empresas construtoras se culpam em autodelação e o governo petista tenta a todo custo desclassificar as gravíssimas acusações de desvios de dinheiro da estatal para os seus políticos, coligados e até para a campanha eleitoral da presidente Dilma Rousseff. A PF (Polícia Federal) vem fazendo belo trabalho de investigação e passando os resultados para a séria equipe do juiz Sérgio Moro, que até poderia sugerir à presidente, em visita aos Estados Unidos, que peça ao presidente norte-americano que ceda também os préstimos do FBI para trabalhar conjuntamente com a PF e dirimir as dúvidas questionadas da nossa presidente.
Benone Augusto de Paiva
Capital
 




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