Apesar do recuo, houve aumento no total de famílias com contas ou dívidas em atraso, saindo de 21,1% em maio para 21,3% em junho. O porcentual também é mais alto do que os 19,8% registrados em junho de 2014.
Além disso, o porcentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso e que, portanto, tenderiam a permanecer inadimplentes, também cresceu nas duas bases de comparação, alcançando 7,9% em junho de 2015, ante 7,4% em maio e 6,6% em junho do ano anterior. Foi o maior patamar já registrado desde outubro de 2011.
A proporção de famílias brasileiras que se declararam muito endividadas manteve-se estável entre os meses de maio e junho - 12,5% do total -, mas registrou aumento em relação ao patamar observado em junho de 2014, de 11,9%. O tempo médio de adiamento do pagamento de contas ou dívidas em atraso foi de 59,6 dias em junho - abaixo dos 60,8 registrados no mesmo período do ano passado. O período médio de comprometimento de renda com as dívidas foi de 7,1 meses, sendo que 33,1% dos entrevistados informaram que o prazo é superior a um ano.
O cartão de crédito é, disparado, o principal motivo de débito para 77,2% das famílias endividadas, seguido por carnês (16,3%) e, em terceiro, por financiamento de carro (13,4%).
"As condições menos favoráveis de contratação de novos empréstimos e de renegociação de dívida, somadas ao recuo dos rendimentos dos trabalhadores, têm levado a uma piora na percepção das famílias em relação ao seu endividamento", diz a CNC em comunicado divulgado nesta terça-feira.
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