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Construção Civil fatura mais em janeiro
Fabrício Migues
Do Diário do Grande ABC
02/03/2007 | 22:26
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O faturamento nas vendas internas de materiais para construção apresentou um aumento de 5,78% em relação ao mesmo mês de 2006, segundo dados da Abramat (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção). O desempenho foi mais tímido que em meses anteriores, mas especialistas enxergam esse resultado com bons olhos devido ao PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) contemplar na maioria o setor de construção civil.

No entanto, para o presidente da Abramat, Melvyn Fox, o crescimento não está ligado ao anúncio do PAC . “O governo só revelou o programa no dia 22 de janeiro. Ainda não deu tempo de sentir os efeitos”.

Fox conta que o desempenho ainda é fruto do bom momento que o setor de construção civil passou no segundo semestre do ano passado. “O governo adotou uma série de medidas nos últimos anos, a maioria voltada para desoneração e desburocratização nos negócios do setor”.

O presidente aposta que o mercado vai crescer 8% em 2007. “Já tivemos um bom início. Se o PAC contemplar tudo o que se espera, não será difícil atingir a expectativa”.

Questionado se a indústria está preparada para esse crescimento, Fox observa que há atualmente 20% de ociosidade na capacidade de produção no Brasil. “Dessa forma, o aumento da demanda não vai gerar inflação. Sem grandes investimentos ainda é possível melhorar a produção.”

Outro fator positivo foi a criação de novos empregos. Só em janeiro de 2007, o número foi 1,45% maior que dezembro do ano passado e 2,72% maior que janeiro. Com esse salto, a construção civil passa a ter cerca de 13% da mão-de-obra no Brasil, o que representa por volta de 9 milhões de trabalhadores espalhados em construção, varejo, engenharia e projetos..

“Faz parte da cadeia econômica. O setor está vendendo e construindo mais e como conseqüência os empregos estão aumentando. A construção civil é uma das maiores empregadoras do Brasil e espero que esse número aumente ainda mais”, afirma Fox.

Exportações - Na contra-mão dos bons resultados do mercado interno, as exportações apresentaram queda de 8,29% em relação a janeiro do ano passado. Na avaliação de Fox, a principal causa foi a valorização do real. “Todos setores que exportam sofreram com a valorização do real. Nossos produtos ficaram mais caros, o que tornou os preços menos competitivos".

Porém, o presidente minimiza os efeitos da exportação no setor. "O foco principal sempre foi o mercado interno. Essa queda é irrelevante”.



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