O lateral-esquerdo Roberto Carlos, que defendeu a Seleção Brasileira em três Mundiais (1998, 2002, quando foi campeão, e 2006), pede paciência para que os seus dois companheiros de Real Madrid, o lateral Cicinho e Robinho, conquistem espaço com o técnico Fabio Capello. O ex-treinador da Juventus, de Turim, foi contratado recentemente pelo clube espanhol, no qual já havia trabalhado, inclusive, com o próprio Roberto Carlos.

“Capello não conhece Robinho e Cicinho. Em breve dará chance aos dois, que só precisam trabalhar”, disse o lateral, quinta-feira, a repórteres espanhóis. Há dez anos no Real, Roberto Carlos viveu os melhores tempos da década na equipe, com conquistas nacionais, européias e até do Mundial Interclubes, ao contrário das temporadas mais recentes, com decepções freqüentes.

O lateral reafirmou disposição de não atuar mais pela seleção nacional, decisão anunciada imediatamente após a derrota para a França, na Alemanha, ms nem admite falar do final da carreira. Preferiu, além de falar de Cicinho e Robinho, lembrar de uma aposta feita com o atacante Ronaldo, que garantiu marcar pelo menos 30 gols na temporada espanhola 2006-07. “Acho que ele não vai conseguir. Fizemos uma aposta”.

No Brasil, Roberto Carlos atuou pelo União São João, de Araras, onde foi revelado, e Palmeiras, antes de se transferir para a Internazionale, em agosto de 1995. Na temporada seguinte, já estava no Real Madrid, onde, a exemplo dos clubes anteriores e da seleção, se destacou pelo chute forte.

Kaká – Antes de encerrar a carreira, possivelmente no próprio Real, Roberto Carklos pode ter a companhia de outro brasileiro, além de Cicinho, Robinho, Ronaldo e Emerson, que foi contratado na atual temporada depois de trabalhar com Fabio Capello na Juventus, de Turim. O Real ainda não desistiu da tentativa de levar o meia Kaká, do Milan, mas somente em 2007. O ex-são-paulino atuou pelo Milan na fase de grupos da Liga dos Campeões e não pode mais mudar de time.