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CBIC reunirá empresários para discutir sobre atraso no Minha Casa Minha Vida
24/06/2015 | 13:47
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Roberto Stuckert Filho/PR/Fotos Públicas


Os empresários do setor imobiliário se reunirão em Brasília na próxima terça-feira, 30, para discutir medidas que devem ser tomadas para solucionar ou responder aos pagamentos atrasados no programa "Minha Casa, Minha Vida", de acordo com o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins. O executivo afirma que o setor tomará decisões com base nas propostas debatidas em um encontro realizado nesta quarta-feira, 24, com representantes do governo.

Uma das propostas seria diminuir o ritmo de construção das moradias contratadas no programa de habitação popular do governo federal. Pelos cálculos do setor, o governo deve às empresas entre R$ 1,5 bilhão e R$ 1,6 bilhão, o que diz respeito principalmente às obras da faixa 1 do MCMV. Outra alternativa é estipular um novo cronograma de pagamento. A indústria da construção diz que os atrasos chegam a 60 dias em alguns casos.

"A reunião (com os representantes do governo) não trouxe nada conclusivo. Eles propuseram algumas coisas e nós respondemos. Mas ainda precisamos discutir", diz o presidente da CBIC. "É preciso encontrar maneiras para adequar a quantidade de recursos disponíveis ao que está atrasado, contratado ou previsto para este ano", diz.

De acordo com o presidente da CBIC, nenhuma decisão do empresariado está descartada ainda. Recentemente, representantes do setor alertaram que as empresas ameaçam parar as obras e demitir funcionários. "Vamos levar as respostas do governo aos empresários e veremos o que será decido", acrescenta.

Diante do cenário atual, o executivo ressalta que não espera em 2015 novas contratações na faixa 1, que tem como foco famílias com renda mensal de até R$ 1,6 mil e recebe subsídio do governo para pagamento de 95% do preço da unidade. Para ele, somente os segmentos que trabalham majoritariamente com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) devem continuar a operar neste ano.

José Carlos Martins aponta ainda que a terceira fase do MCMV, cujo lançamento está previsto para o segundo semestre, só deve ganhar força a partir de 2016. "Primeiro, precisamos solucionar os atrasos e as contratações já anunciadas", diz.




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