O clipe foi gravado no início do mês e ainda não há data para sua estréia na TV. A música Todo Universo, que já toca nas rádios, faz parte do novo CD do cantor, Programa.

Foi o próprio Lulu Santos quem descreveu a aventura. Tudo começa com o cantor desembarcando em uma Londres fria, acompanhando de uma bagagem repleta de bermudas e camisas de verão. Dali, partiria para Moscou com a equipe.

“De antemão, nos foi solicitado pela operadora americana que vende o pacote russo, que assinassemos um contrato de responsabilidade própria no caso de acidente, doença ou morte decorrente da aventura. Simpático!”, disse Lulu Santos por meio de sua gravadora.

Antes de rodarem o clipe, o cantor e a equipe receberam instruções dos russos sobre o que acontece na ausência da gravidade e como reagir à situação. “Não é toda pessoa que suporta o tranco. O coração, por exemplo, cujo formato é vagamente oblongo, fica inteiramente redondo, seguindo a tendência expansiva que tudo em nosso organismo experimenta na gravidade zero, inclusive fluidos e sangue. Tudo flutua dentro e fora de você. Seu sangue vai para cima e para fora, seus pés sobem, você cola no teto do ambiente em que estiver. Só que até isso acontecer, você voa. É, voa”, diz.

Mas nada disso é tão tranqüilo. O cantor afirma que a pessoa pode passar mal, como aconteceu com uma italiana que estava a bordo. Ela achou que ia morrer e a simulação teve de ser interrompida.

A cada parábola (ciclo completo do movimento), o avião simula uma subida brusca a 46 mil pés em 20 segundos, contados a partir de um patamar de 10 mil metros acima do solo. “Durante esses 20 segundos, você pesa o dobro de seu peso e todos os seus membros, também a pele do rosto, é repuxada para baixo. Você nunca sentiu nada igual. Nesse momento o avião mergulha e faz o dobro da velocidade. Tudo o que está dentro do avião se desprende do chão e flutua no ar”, afirma.

Clipe – Depois de todos os devidos acertos, o clipe de Todo Universo mostrará Lulu no futuro, no interior de uma nave espacial, cantando para a câmera. Enquanto canta, utiliza seu relógio de pulso, de onde sai um pequeno painel holográfico. Clicando com o dedo no ar no painel semi-transparente, ele é teletransportado a vários lugares diferentes, como um parque cheio de árvores, uma cachoeira, nuvens, cidades. Fica apenas alguns instantes nesses locais e retorna a seu apertado cilindro espacial.

A certa altura, seleciona desligar gravidade artificial em seu relógio e passa a flutuar dentro da nave. Levanta de sua cadeira e gira pelo ar. Alcança a guitarra e a palheta que flutuam à sua frente. Toca guitarra, enrola-se no fio e depois a solta novamente. Bebe refrigerante, e então, gotas voam soltas. Canta em um microfone sem segurá-lo. Flutua até a janela da nave e olha a imensidão de estrelas lá fora. Volta a usar seu relógio e deita em sua cama, agora de volta aos efeitos da gravidade.