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Itamar e Bozinho foram encontrados em Aparecida, na região do Vale do Paraíba, interior de São Paulo. Eles carregavam uma metralhadora e uma pistola 9 milímetros no momento da prisão. Os suspeitos voltavam da Bahia para São Paulo em um ônibus pela Rodovia Presidente Dutra e foram surpreendidos por policiais durante uma parada. A PF de Camaçari, onde estavam os suspeitos, informou os policiais de São Paulo sobre o embarque dos acusados e seguiram o ônibus até Aparecida.
Na semana passada, a Secretaria de Segurança Pública divulgou a primeira prova da participação de Itamar no crime. Uma perícia realizada pelo Instituto de Criminalística (IC) de São Paulo encontrou impressões digitais de Itamar na Pajero em que o prefeito estava no dia em que foi seqüestrado.
Outros indícios que incriminam a quadrilha são os depoimentos das namoradas de Itamar e de Bozinho. Segundo o Departamento de Investigações Sobre o Crime Organizado (Deic), elas afirmaram que ambos confirmaram participação no seqüestro e disseram que fugiriam dada a repercussão do caso.
Falando informalmente à polícia na noite desta sexta, Itamar afirmou que a quadrilha tinha o objetivo de abordar algum carro importado. Naquele momento, avistaram a Pajero onde estava Celso Daniel que, segundo ele, por acaso passava próxima ao local do seqüestro.
Ainda há cinco suspeitos sendo procurados pela polícia: Juscelino da Costa Barros, o Cara de Gato; Mauro Sérgio Santos de Souza, o Serginho; Elcyd Oliveira Brito, o John; Deivison Cristian Correa Souza, o Alemão, e Ivan Rodrigues da Silva, conhecido com Monstro, apontado pela polícia como o líder da quadrilha.
Além de Itamar e Bozinho, já foram detidos Andrelisson dos Santos Oliveira, o Cara Seca, que também estava na Bahia; Deivid dos Santos Barbosa, o Sapeco; Manoel Dantas de Santana Filho, o Cabeção, além de um menor conhecido como Kiti.
Todo o bando foi identificado a partir de uma denúncia anônima dias depois da morte do prefeito que informava o envolvimento de uma pessoa no seqüestro com características muito semelhantes às contidas no retrato-falado feito pelo empresário Sérgio Gomes da Silva, que acompanhava Celso no momento do rapto. O primeiro suspeito identificado foi Cara Seca.
A partir daí, os policiais realizaram uma busca na casa dele, onde localizaram Manoel Dantas de Santana Filho, o Cabeção, preso no mesmo dia. Dias depois foi detido o menor Kiti, que, ao ser levado para Febem, confessou participação no seqüestro e entregou os nomes de Cara de Gato, Serginho, os irmãos Cara Seca e Bozinho, além de Itamar.
Desde então a polícia busca os suspeitos por todo o país. Adrelisson foi detido no dia 20 de fevereiro. Em depoimento, ele afirmou que não tinha envolvimento no caso, mas afirmou que seu irmão, o Bozinho, detido nesta sexta, teria participado da ação e efetuado os disparos que mataram o político petista. Na ocasião, ele afirmou também que Celso Daniel teria sido seqüestrado por engano.
Com o avanço das investigações, a polícia praticamente descarta a hipótese do crime ter sido cometido por motivação política, como foi levantado dias após a morte de Celso Daniel.
Engano — Nesta sexta, a Secretaria de Segurança Pública informou também que Antônio Carlos Pereira Santos, o Legal, está preso no Centro de Detenção Provisória de Belém desde setembro. Assim, ele não tem envolvimento no caso como foi a polícia suspeitava, já que o seqüestro de Celso Daniel aconteceu em janeiro.
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