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Indio caiapós libertam pescadores reféns no Pará
Do Diário do Grande ABC
04/08/2000 | 12:50
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Os índios caiapós da reserva do Baú, no Pará, libertaram na manha desta sexta-feira os 16 pescadores que eram mantidos reféns há uma semana. A libertaçao aconteceu após o fechamento de um acordo de demarcaçao das terras com a Funai, elaborado na noite de quinta-feira.

O ministro da Justiça, José Gregori, determinou na quinta-feira à tarde ao presidente da Fundaçao Nacional do Indio, Glênio Alvarez, a imediata demarcaçao da reserva do Baú, no sudoeste do Pará, com 1,8 milhao de hectares e aproximadamente 770 quilômetros de perímetro.

A decisao do governo atendeu às reivindicaçoes dos caiapós e acelerou a libertaçao dos reféns.

A primeira portaria de demarcaçao foi assinada em 21 de dezembro de 1991 pelo entao ministro da Justiça, Jarbas Passarinho. Depois disso, nada andou no processo de decretaçao da área como patrimônio indígena.

O ex-ministro da Justiça, Nelson Jobim, determinou anos depois a diminuiçao da área a ser demarcada. Ele retirou 400 mil hectares do processo de demarcaçao que limitaria a terra dos Caiapó.

Em 1998, o entao ministro Renan Calheiros decidiu recompor o território a ser demarcado. Com isso, a Prefeitura de Novo Progresso contestou a medida. O Superior Tribunal de Justiça suspendeu a portaria de Calheiros. Com isso, a única portaria em vigor hoje é a de 1991 - sobre a qual Gregori decidiu lançar mao, para atender as reivindicaçoes dos índios.

Os Caiapós alegam que fazendeiros, madeireiros e garimpeiros invadem constantemente à reserva do Baú em busca das riquezas da área: ouro e madeiras nobres, como o mogno. Por isso, detiveram os pescadores, dez (um libertado) de Avaré, em Sao Paulo, e seis de Novo Progresso, no Pará.




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