Se pesar na balança a tradição, camisa e torcida, o São Paulo pode ser apontado tranqüilamente como o grande favorito no confronto contra a Portuguesa Santista, quinta-feira, às 21h, em busca de uma vaga à final do Campeonato Paulista. Mas não existe esse conceito no vocabulário de atletas e comissão técnica do Tricolor. Oswaldo de Oliveira, que terá a volta de Kaká, quer o São Paulo ofensivo, rápido e pontaria certeira para não passar por desagradável surpresa.

O treinador sabe que o time tem perdido “gols incríveis”, inclusive no recente empate por 1 a 1 com a própria Santista, no Morumbi. Itamar, autor de três dos quatro gols contra o Santo André, pode começar como titular. Ele foi substituído no último jogo por “cansaço”, segundo o técnico.

O meia/atacante Kaká diz que nada sabe sobre o interesse do Milan, que estaria disposto a pagar até US$ 20 milhões pelo seu futebol. O jogador garante que agora só pensa no Paulista. “Seria maravilhoso jogar ao lado de Leonardo”, disse Kaká.

O Tricolor não vence a Lusinha desde 2000. “Pelos acontecimentos dentro do Paulista, existe o equilíbrio neste duelo entre São Paulo e Santista. Não tem favoritismo de ninguém”, afirmou o técnico Oswaldo de Oliveira, que brincou na primeira noite de Carnaval, no Rio de Janeiro, mas comandou o treino dos jogadores no dia seguinte.

Oswaldo, mesmo criticado pela torcida, convoca a “massa” para ajudar o time a ganhar a vaga. “Será um jogo como qualquer outro nesta reta de chegada, muito difícil. Se a Santista chegou até a fase semifinal é porque tem méritos”, afirmou o técnico.

Para Oswaldo de Oliveira, a paridade das equipes no futebol atual não permite que um time de grande tradição seja favorito sobre equipe de menor expressão.

E os exemplos de Internacional e Bragantino, duas equipes do interior que conseguiram o título do Paulistão, só endossam a tese do treinador são-paulino. “Ninguém apostava nestas duas equipes e elas venceram. Além disso, a Santista é comandada pelo Pepe, que foi campeão na Internacional de Limeira. Por isso, não existe essa de favoritismo. Vamos ter de jogar muito futebol, atacar do começo ao fim, se quisermos garantir presença na fase final do campeonato”, disse.