Os cerca de 2.500 funcionários da unidade da Pirelli em Santo André terão os salários reajustados em janeiro com base na inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). A empresa pagará PLR (Participação nos Lucros e Resultados) no valor de R$ 10 mil, sendo a primeira parcela, de R$ 8.000, neste mês, e os R$ 2.000 restantes em janeiro. Os termos negociados com o Sindicato dos Borracheiros da GrandeSão Paulo também envolvem os 447 empregados em lay-off (suspensão temporária do contrato de trabalho) desde o mês passado. Para compensar a ausência de aumento real, haverá bonificações. Neste mês, os trabalhadores receberão o valor correspondente a 70 horas do salário-base. Em janeiro, será depositado valor referente a 220 horas de trabalho. Se o funcionário não tiver faltas, receberá prêmio de absenteísmo equivalente a 30 horas.

Mesmo sem aumento real – a categoria pedia 2% de correção acima da inflação –, o presidente do sindicato, Marcio Ferreira, considera positivo o resultado da negociação. “Não era a nossa reivindicação, mas, diante da atual conjuntura econômica do País, conseguimos um acordo razoável.” A proposta foi aprovada em assembleia nesta semana e a convenção coletiva de trabalho deverá ser assinada entre as partes nos próximos dias.

BRIDGESTONE - As negociações com a Bridgestone, que possui fábrica com 3.500 funcionários em Santo André, estão paradas. Segundo Ferreira, a empresa propõe reajuste de 6% – abaixo, portanto, da inflação. O acumulado de 12 meses do INPC até abril é de 8,34%. A PLR proposta é de R$ 10,5 mil.

No dia 24, cerca de 100 empregados deverão sair em férias coletivas. A previsão é de que o restante seja afastado no dia 27 e que todos retornem na metade de agosto.