A cúpula nacional do PSB sinalizou que vai estender por 90 dias os mandatos dos presidentes das comissões provisórias municipais, medida que afeta diretamente as pretensões eleitorais do vereador de Diadema Vaguinho do Conselho (PSB). Com essa definição, Manoel José da Silva, o Adelson, segue à frente do PSB de Diadema, conduzindo mandato até setembro – o prazo se encerraria hoje.

Adelson e Vaguinho travam batalha interna pelo comando do PSB diademense com vistas à eleição de 2016. O primeiro defende aliança com o prefeito Lauro Michels (PV), que concorrerá à reeleição, e o segundo tenta candidatura própria ao Paço, contando com apoio do também vereador Célio Boi (PSB).

Na prática, a extensão de mandato de Adelson faz com que Vaguinho tenha de antecipar sua definição política. Ele quer ser prefeiturável pelo PSB, mas, caso não tenha espaço no ninho socialista, precisará mudar de legenda. E tem justamente até setembro para escolher nova sigla se quiser mesmo figurar nas urnas na eleição a prefeito do ano que vem – ainda assim sob risco de perda de mandato com base na Lei da Fidelidade Partidária.

A medida também adiciona força ao ingresso do secretário de Educação de Diadema, o vereador licenciado Marcos Michels (PV), no PSB. Marcos, primo de Lauro, mudaria de casa justamente para assegurar que a sigla fique no arco de alianças da candidatura de reeleição do atual chefe do Executivo diademense.

Nos bastidores, a cúpula estadual do PSB tenta apaziguar a situação em Diadema, convencendo Vaguinho a apoiar Lauro, porém, o vereador permanece irredutível no desejo de ser prefeiturável em 2016.