Sua independência ideológica a levou a experimentar linguagens novas, saindo com a mesma facilidade que entrou de movimentos como o pop. Para quem admirava o pensamento matemático do construtivista Malevitch, a ordem de Mondrian, o lirismo de Paul Klee e a escala cromática de Albers, essa aventura pop dos anos 1960 parece hoje um tanto curiosa, mas Judith lembra que a fase foi importante também para desenvolver sua paleta, evocando Theo van Doesburg: "Nada é mais concreto que uma cor ou uma superfície".
Ela se considera, portanto, uma pintora concreta, como foi concreto seu colega Geraldo de Barros, que também teve seu período pop. E é justamente essa filiação à arte concreta que interessa aos colecionadores estrangeiros, começando pela venezuelana Patricia Cisneros, que comprou obras suas há 20 anos. Além da colecionadora, instituições internacionais também se interessaram - e compraram - telas da pintora, entre elas o Museu de Grenoble e o MoMA de Nova York. Outros seguem o mesmo o caminho, segundo a marchande da artista, Berenice Arvani, citando a galeria americana Driscoll Babcock e a londrina Stephen Friedman, que promoveu há dois anos a primeira individual de Judith Lauand na Europa, antecipando a White Chapel, que abriu em janeiro deste ano uma retrospectiva com obras dela, de Lygia Clark e dos históricos Mondrian e Theo van Doesburg. O próximo passo será a conquista do Metropolitan de Nova York. É a hora e vez de Judith. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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