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Energia, alimentos e loterias levam IPC-C1 a ficar acima da média, afirma FGV
03/06/2015 | 08:45
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As tarifas de energia elétrica e os alimentos pressionaram o bolso das famílias de baixa renda em maio e levaram a inflação percebida por este grupo a um patamar acima da média brasileira. O reajuste nos preços das apostas de jogos lotéricos também impulsionou o Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1), que avançou 0,95% no mês passado, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV).

Protagonista dos índices de inflação no primeiro trimestre, a tarifa de eletricidade residencial voltou a ganhar força após uma breve trégua em abril. O item avançou 2,81% em maio, o que levou o grupo Habitação a acelerar a 1,16%, de 0,64% no mês anterior. A energia elétrica responde por uma fatia maior nas despesas da baixa renda do que na média dos brasileiros.

Outro grupo que pesa mais no orçamento da baixa renda são os alimentos, que também aceleraram na passagem do mês. A taxa passou de 0,82% para 1,16% entre abril e maio, diante da alta de 11,28% nos preços de hortaliças e legumes. Só a cebola ficou 32,51% mais cara, enquanto o tomate subiu 16,94%.

Além disso, o reajuste nos preços de apostas de jogos lotéricos resultou em alta média de 20,62% no item. Isso levou o grupo Despesas Diversas a acelerar de 0,36% para 1,53% na passagem do mês, segundo a FGV. O último grupo a ganhar força foi Educação, Leitura e Recreação (0,22% para 0,36%), diante do aumento médio de 1,63% nos preços de entradas para salas de espetáculo.

As quatro classes de despesas contribuíram para que o IPC-C1 de maio ficasse, por mais um mês, acima da taxa média de inflação para todos os brasileiros. O chamado Índice de Preços ao Consumidor - Brasil (IPC-Br) avançou 0,72% no mês passado. Em 12 meses, a inflação da baixa renda (8,97%) também bate o índice geral (8,63%). O IPC-C1 capta movimentações de preço percebidas por famílias com ganhos mensais entre 1 e 2,5 salários mínimos.

Baixas

Apesar da pressão em maio, alguns grupos atuaram no sentido de amenizar os impactos de alta. A queda de 0,34% nas tarifas de ônibus urbano, por exemplo, levou a classe de Transportes a recuar 0,19%.

Também perderam força os grupos Saúde e Cuidados Pessoais (1,80% para 1,54%), diante do menor impacto do reajuste dos medicamentos (3,59% para 2,03%); Vestuário (0,99% para 0,81%), com menor pressão das roupas femininas (1,55% para 0,79%); e Comunicação (-0,24% para -0,30%), em função do comportamento da tarifa de telefone residencial.




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