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Marcos Michels decide sair do PV e migrar para o PSB

Estratégia é segurar partido no arco de aliados de Lauro e evitar voo solo à Prefeitura

Raphael Rocha
Leandro Baldini
25/05/2015 | 07:43
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Orlando Filho/DGABC


Primo do prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), e secretário de Educação, Marcos Michels vai mesmo sair do PV e migrar para o PSB. A decisão foi tomada na semana passada, em meio ao pedido de intervenção partidária feita pelos vereadores Célio Boi (PSB) e Vaguinho do Conselho (PSB) contra o presidente do PSB municipal, Manoel José da Silva, o Adelson.

Alguns objetivos estão designados com a ida de Marcos ao PSB. O primeiro é ter alguém de total confiança do chefe do Executivo numa sigla que ainda ameaça lançar candidatura própria em 2016 – Vaguinho tenta derrubar Adelson para ser o nome socialista nas urnas em Diadema.

O segundo é ampliar o raio de atuação da família Michels na cidade, hoje restrito ao PV. Há também a sinalização para que Marcos seja os olhos do prefeito caso haja fusão do PPS com o PSB. Se houver a união, a futura legenda poderia ter até cinco vereadores – Marcos é vereador licenciado e teria companhia de Célio Boi, Vaguinho, Reinaldo Meira e José Zito da Silva, o Zezito (esses dois que deixaram recentemente o PR e estão de malas prontas para o PPS).

Além de Marcos, o assessor especial do Paço Cacá Vianna também deve desembarcar no PSB. Cacá, que ficou por dois anos como secretário de Comunicação de Lauro, foi destituído da presidência do PSD no início do mês e viu sua sigla apostar no suplente de vereador Taka Yamauchi como candidato a prefeito.

O terreno no PSB está sendo preparado pelo governo para que as migrações não causem grande impacto na legenda. Em Diadema, há militância socialista, com muitas figuras que foram do PT no início dos anos 1980. À época, o petismo tinha Lauro Michels, tio-avô do atual prefeito, como grande rival.

Taka visa ex-assessores do prefeito para pré-campanha

Pré-candidato do PSD à Prefeitura de Diadema, o suplente de vereador Taka Yamauchi mira engrossar sua campanha com ex-assessores do atual prefeito Lauro Michels (PV). Dois nomes já embarcaram no projeto e outros são sondados para mudar de lado.

Jaime Silva e Pedro Hugo atuaram diretamente na campanha de Lauro ao governo, em 2012. O primeiro, aliás, foi assessor do verde na época de vereança.

Taka conta com apoio extraoficial do ex-prefeito de Rio Grande da Serra Adler Kiko Teixeira (PSC) para encorpar seu projeto ao Paço. Kiko também rompeu com Lauro no ano passado, depois de ter ficado dois anos dentro da administração diademense – foi chefe de Gabinete e assessor especial. Kiko tinha acertado com Lauro que seria candidato a deputado federal na eleição de 2014 com suporte da gestão do PV em Diadema, mas, na última hora, o prefeito decidiu apostar no vereador Márcio da Farmácia (PV) como nome do Paço ao Congresso.

Taka foi candidato a vereador pelo PSDB em 2012 e recebeu 990 votos, ficando como segundo suplente – atrás de José Augusto da Silva Ramos, de José Dourado e de Atevaldo Leitão. Foi um dos apoiadores da campanha em Diadema de Kiko a deputado em 2014.




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