Política Titulo Editorial
Exportações e marasmo
do Diário do Grande ABC
23/05/2015 | 16:41
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Divulgação


A balança comercial do Grande ABC oscila ao sabor do câmbio. O fortalecimento ou o enfraquecimento do real ante o dólar determina o aquecimento ou esfriamento das vendas das sete cidades ao mercado estrangeiro. Lucro e prejuízo são auferidos sem que entidades representativas dos setores produtivos ou órgãos públicos existentes na região intervenham. Esse imobilismo certamente piora o cenário econômico local, fragilizando-o. Faltam políticas capazes de fomentar as transações com parceiros internacionais.

Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior mostram que, no mês passado, produtores do Grande ABC fecharam com clientes estrangeiros contratos cujos valores foram 30% menores que os registrados em março. A principal causa da queda, segundo avaliação de especialistas, foi a valorização da moeda nacional frente ao dólar, que perdeu cerca de R$ 0,20 de seu poder de compra nos últimos 30 dias.

Como resta cristalino à primeira vista, a flutuação da balança comercial das sete cidades se deve diretamente à macroeconomia, ou seja, a fator externo. Aonde estão as entidades regionais, privadas e públicas, que não desenvolvem plano local para ajudar a aumentar os negócios com outros países, fortalecendo assim a produção do Grande ABC? Ou seus representantes entendem que nada podem fazer para influenciar os resultados?

É evidente que podem. Nenhuma região se desenvolve se não houver força-tarefa de seus representantes na viabilização de negócios domésticos e internacionais. Não basta a esses agentes lamentar o cenário, empurrando a responsabilidade para terceiros. Necessário chamar a responsabilidade para si, arregaçar as mangas e partir na busca de alternativas. Se o Grande ABC não encontrar forma de valorizar o próprio produto aos olhos externos, não deverá esperar que alguém o faça, ainda mais em mercado cada vez mais competitivo. A obrigação é de todos. 




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