Nenhum munícipe registrou queixa pessoalmente na Ouvidoria de Santo André ontem pela manhã, período em que a equipe do Diário foi à sede da entidade, no Centro. Reclamação direta na ouvidoria é a terceira forma mais utilizada por moradores, segundo balanço da instituição, para formalizar questionamentos sobre a Prefeitura – em 2014, 15.254 contestações foram protocoladas in loco.

A equipe do Diário foi à sede da Ouvidoria de Santo André pela manhã e constatou que a entidade é pouco procurada pelos moradores. No domingo, reportagem mostrou que ouvidorias da região têm caráter político e pífia atuação na sociedade – em Santo André, o ouvidor é eleito por entidades locais.

Atual comandante da ouvidoria, José Luiz Ribas Júnior defendeu seu trabalho. Segundo ele, 90% dos 7.251 casos de 2014 foram resolvidos. O índice permanece para os 2.046 casos de 2015. “Precisamos prestar contas para a Prefeitura e temos feito isso no prazo determinado, inclusive liberando as informações em nosso portal (da internet).”

O ouvidor andreense informou que os atendimentos por telefone – método mais utilizado pelo cidadão para reclamar sobre a administração municipal – serão extintos. “(A medida é feita) Até por uma questão interna da Prefeitura. As demandas feitas pelo nosso portal são as que mais vêm crescendo”, justificou.

Em 2014, 38.898 queixas foram registradas por telefone, contra 17.844 por e-mail. Endereço eletrônico, aliás, que passou mais um dia sem funcionar, demonstrando falhas estruturais na Ouvidoria de Santo André.