Política Titulo São Bernardo
Bigucci articula barrar apuração do Marco Zero

Responsável pelo empreendimento pressiona
vereadores para derrubar requerimento sobre o caso

Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
19/05/2015 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


Proprietário da Big Top 2, Milton Bigucci tenta barrar investigação da Câmara de São Bernardo sobre compra de terreno de 15,9 mil metros quadrados, por R$ 14 milhões, que pertencia ao município para a construção do empreendimento alto padrão Marco Zero. O processo licitatório feriu regras do edital.

No fim de semana, Bigucci encaminhou e-mail a todos os vereadores para pressionar pela rejeição do requerimento de informações feito pelo oposicionista Julinho Fuzari (PPS), que quer informação do governo Luiz Marinho (PT) sobre todo trâmite da venda da área pública. Na carta, o empresário coloca que o Ministério Público já arquivou inquérito e que a própria Prefeitura opinou pela legalidade da ação.

O Diário mostrou em abril que a Big Top 2 cometeu diversas irregularidades com relação ao processo de compra do terreno localizado no Jardim do Mar. Houve desrespeito a itens do edital, como formação de consórcio posterior ao certame e terceirização do pagamento do valor acertado previamente. A equipe de reportagem também apresentou que o MP ignorou as manobras feitas pela Big Top 2 – ao lado da Braido Comercial e Administradora Ltda e Even Construtora e Incorporadora S/A – para triunfar no leilão.

Apesar da pressão de Bigucci para que a Câmara não investigue as irregularidades do Marco Zero, Julinho garantiu que vai apresentar o requerimento de informações amanhã, o que ele considera ser o primeiro passo para apuração do episódio.

O parlamentar salientou que a repercussão do caso cabe trabalho “minucioso” de perguntas e fatos. “A função do vereador é fiscalizar. Temos de evidenciar a situação, uma vez que existem questionamentos”, comentou o popular-socialista, que acrescentou que espera reflexão dos parlamentares para conseguir assinaturas do requerimento. “Não vejo problema em investigar e buscar respostas de todo o histórico do processo. Mesmo que não ocorra (algo irregular), o nosso trabalho no Legislativo ajudará a mostrar que houve transparência. Por outro lado, podemos conseguir desdobramentos para avançarmos até para uma CPI.” 




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