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Paciente volta do CHM sem cirurgia
Vanessa de Oliveira
Do Diário do Grande ABC
19/05/2015 | 07:00
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Com cirurgia ortopédica marcada três meses atrás no CHM (Centro Hospitalar Municipal), em Santo André, Wellica Ribeiro de Souza, 37 anos, moradora do Parque Marajoara 2, esperava pôr um fim às dores que sente em virtude da rejeição de uma haste de ferro que tem na tíbia. No entanto, ao chegar ao hospital na data marcada, na sexta-feira, foi informada de que não havia material para o procedimento cirúrgico e teve de voltar para casa.

“Minha perna está infeccionada, fica saindo pus o dia todo. Três meses que está agendada a operação e me avisam em cima da hora?”, diz ela, que sofreu um acidente de moto há sete anos e desenvolveu um problema chamado osteomielite (quadro inflamatório que afeta um ou mais ossos, geralmente provocado por infecção bacteriana ou fúngica). “Estou morrendo de dor e com febre. Além disso, tomo remédios que estão atacando meu fígado.”

Procurada para comentar o fato, a Prefeitura de Santo André, por meio da Secretaria de Saúde, informou que a paciente foi operada em 2008, com material fornecido por outra empresa, até então contratada pela administração municipal, e que os materiais de retirada que o hospital possui não se adaptam à haste colocada naquela ocasião.

Ainda de acordo com o Executivo, o setor administrativo do CHM já entrou em contato com a antiga empresa para que faça a entrega do equipamento necessário. “Com a chegada do instrumento, será marcada a nova data da cirurgia da paciente”, declarou, em nota.

OUTRO CASO

Ainda no âmbito das cirurgias, o jovem Cláudio Figueira Assunção, 22, precisou esperar por quase duas semanas para passar por procedimento no CHM após fraturar o cotovelo e a clavícula em acidente de carro, no dia 6. A operação só ocorreu no sábado. “Meu irmão chegou a ir duas vezes para o centro cirúrgico e cada hora diziam uma coisa para não operar: que o médico que faria não estava lá, que não tinha material, uma palhaçada”, relatou a técnica de enfermagem e irmã do paciente, Cibele Assunção Cavallari, 30.

A Prefeitura andreense argumentou que as cirurgias eletivas dos pacientes internados na unidade são marcadas, porém, se ocorrer uma emergência, será dada prioridade. “Por esse motivo, a cirurgia do paciente foi suspensa nas duas datas previamente agendadas, uma vez que não era caso de urgência”, disse a administração. 




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