Emoção e solidariedade fizeram a tabelinha perfeita ontem à noite no Ginásio Poliesportivo de São Bernardo. Se em quadra o duelo entre as seleções de estrelas do futsal brasileiro e jogadores que atuam no Exterior terminou empatado por 3 a 3, fora dela o saldo foi positivo, com a arrecadação de aproximadamente 6.000 kg de alimentos não perecíveis, que foram doados pelos mais de 3.000 torcedores e que serão entregues a entidades beneficentes da cidade.

Este foi o segundo confronto entre as equipes, que no domingo haviam jogado em Santos, com vitória de virada dos nacionais por 3 a 2.

Assim como na primeira partida, o time dos jogadores que atuam fora do País saiu na frente. O ala Pula, que atua no Dímano Moscou (Rússia), abriu o placar.

Mas a reação nacional veio rápido. Leco e Gadeia viraram o jogo ainda no primeiro tempo e, logo no início da segunda etapa, o ala Pixote fez o terceiro.

Parecia que o confronto estava definido, mas os importados resolveram complicar as coisas. O fixo Índio - que pertence ao novo time do Santos e foi emprestado à equipe dos estrangeiros - marcou o segundo gol e, a menos de três minutos de o cronômetro zerar, o ala Robinho, do Gazprom (Rússia), empatou a partida e aumentou a emoção e a rivalidade entre as equipes.

Nos segundos finais, Valdin sofreu falta de Anderson e teve a chance de dar a vitória à seleção dos jogadores que atuam no País, mas a bola bateu na trave e o jogo terminou empatado.

"O grande vencedor hoje (ontem) foi o futsal, já que estavam em quadra jogadores da nova e velha gerações, que participaram de vários momentos da história do esporte. A festa fica fora da quadra. Dentro dela, cada um procurou fazer o seu melhor", afirmou o pivô Lenísio.

"O esporte precisa de espetáculos como este, com uma torcida vibrante, participativa e que sequer falou um palavrão", completou o fixo Índio.