De acordo com o comissário de polícia Paulo Gaspar de Almeida, os civis mortos eram guarda-costas de Kalupeteka. A operação contra a sede da igreja aconteceu no dia 16 de abril, na província de Huambo. "Eu não sei onde haveria espaço para enterrar tanta gente", comentou o comandante provincial da polícia, Elias Livulo, questionando os números apresentados pela UNITA.
O líder da UNITA no Parlamento, Raul Danda, disse que um grupo do partido visitou a área durante três dias para investigar o incidente. Eles teriam chegado ao número de mortos após contatos com testemunhas, grupos civis e autoridades locais. O partido acusa a polícia de impedir a entrada de jornalistas e observadores independentes no local do incidente. De fato, na história recente muitas vezes jornalistas que trabalhavam em casos contrários aos interesses do governo foram presos.
A legislação da Angola não reconhece grupos religiosos com menos de 100 mil seguidores. O partido governista Movimento Popular para a Libertação da Angola acusa a Igreja Cristã do Sétimo Dia à Luz do Mundo de incitar atos de violência e promover instabilidade. O presidente angolano, José Eduardo dos Santos, descreveu o grupo, que é uma dissidência da Igreja Adventista do Sétimo Dia, como "uma ameaça à paz". Ele teria ordenado que a Procuradoria Geral da República usasse, de acordo com a lei, "as medidas apropriadas para colocar um fim às atividades ilegais da seita".
A seita obrigava os seguidores a vender seus bens e morar nas montanhas da Angola, em preparação para o fim do mundo, que ocorreria no dia 31 de dezembro deste ano. Fonte: Associated Press.
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