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Times de futebol vestem a camisa de confecção da região
Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
15/12/2008 | 07:05
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Ari Paleta/DGABC


Há cinco anos surgia em São Caetano uma empresa especializada em artigos esportivos que teve como seu primeiro cliente o time de futebol Bragantino. Quando a Champs bateu às portas do clube do interior de São Paulo, o time estava rebaixado e o campo possuía um gramado com cerca de um metro de altura.

O negócio pertence ao grupo P. Leandrini, que dez anos atrás começou a fabricar peças para a Rhumell e a Topper. Identificou nesse nicho uma oportunidade e hoje já possui 20 agremiações na carteira. Somente em 2008 foram adquiridos os direitos de produzir uniformes e acessórios de pelo menos dez clubes. A aquisição mais recente foi o contrato para fornecer produtos para o Vasco, por cerca de R$ 7 milhões por ano.

Dois outros times serão anunciados ainda este mês. São clubes da Série A do campeonato brasileiro e que, portanto, movimentam contratos mais gordos. Ambos devem movimentar em torno de R$ 20 milhões. O saldo final é um aumento de 40% no faturamento da Champs - o valor a empresa não divulga.

De acordo com um dos proprietários da marca, Jefferson Leandrini, por conta do know-how adquirido durante todos esses anos, foi-se percebendo o quão atrativo é esse mercado. "Fomos nos sentindo confiantes e sendo arrojados. O resultado está aí. Ano a ano estamos crescendo", afirma.

"Neste ano a marca deu uma alavancada no mercado. Ela veio se consolidando, aos poucos, conquistando times menores, e acredito que em 2009 deva explodir", acredita Adriano Di Gregório, diretor jurídico do negócio. A propósito, no ano que vem eles já estão sondando contratos com mais duas agremiações, uma da região Sul do País e outra da Sudeste, ambas da Série A. "A expectativa é que consigamos fechar pelo menos um desses contratos e, com isso, dobrar o faturamento", complementa.

Junto com o faturamento, deve aumentar também o número de funcionários em 2009, com mais 50 contratações, em média, além da aquisição de equipamentos mais modernos, cujo investimento ainda não foi mensurado.

Hoje, a Champs fabrica uniformes para times como São Caetano, Guarani, Remo, Santa Cruz, Avaí, Operário, Joinville, Taubaté e Ibiza (time espanhol). Segundo Di Gregório, o negócio é bastante lucrativo, pois a cada investimento feito, recupera-se 150%, ou seja, tudo o que foi pago para a agremiação mais 50%.

Questionado sobre a origem da verba, tratando-se de uma pequena empresa, Di Gregório explica que o montante geralmente é pago de forma diluída, portanto, dá tempo de arrecadar recursos de vendas de outras associações e investir no patrocínio de novas.




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