A Polícia Federal está interrogando testemunhas nesta terça-feira para tentar obter os retratos falados de pelo menos oito pessoas envolvidas no assalto milionário ao escritório do Banco Central em Fortaleza, no Ceará. Cerca de R$ 150 milhões foram levados do cofre do banco, no maior crime do gênero já registrado no Brasil.

Por enquanto ainda estão sendo ouvidos comerciantes da rua 25 de março, vizinhos da casa alugada pelos ladrões para cavarem o túnel até a caixa forte do Banco Central. Segundo a Policia Federal, ainda não há previsão para a divulgação nem dos retratos falados, nem de novas informações sobre as investigações.

A PF trabalha com a hipótese de que os assaltantes eram de fora do Estado do Ceará. Além disso, os investigadores procuram pistas de como os ladrões transportaram o dinheiro, que em peso totalizaria mais de 3 toneladas.

Esquema - A quadrilha de assaltantes alugou uma casa nas proximidades do escritório e cavou um túnel de cerca de 80 metros até o cofre do BC, onde violaram cinco contêineres com cédulas de R$ 50. A polícia deve ter dificuldades para rastrear o grupo e o dinheiro porque as notas não estavam em série.

Na casa alugada há três meses, os ladrões montaram uma empresa de fachada, a Grama Sintética, que tinha até uma van com a logomarca. Segundo os vizinhos, um homem de cerca de 30 anos, que parecia ser o gerente, apresentava-se como Paulo. O crime aconteceu no final de semana, mas foi descoberto apenas na manhã de segunda-feira.