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Moradores reclamam de troca de balsa no Riacho Grande
Kelly Zucatelli
Do Diário do Grande ABC
27/06/2009 | 07:00
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Edmilson Magalhães/DGABC


Há quatro anos moradores do Riacho Grande, em São Bernardo, pleiteiam junto à Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia) mais uma balsa para ajudar na travessia João Basso. Mas, contrariando a população, nesta semana a entidade substituiu a balsa antiga, com capacidade para 120 pessoas e 32 veículos, por uma menor, que comporta 180 passageiros e 12 veículos.

A nova balsa virou motivo de transtornos para os moradores do bairro que tiveram de adiantar pelo menos em uma hora a saída de casa. "Sempre tivemos problemas, pois ela quebra demais. Chega-se a esperar mais de duas horas para atravessar", conta Geralda Dias Melo, moradora do bairro Santa Cruz há 34 anos e integrante do Grupo de Apoio da Sociedade Amigos do Bairro. "Com a mudança feita nesta semana, a situação voltou a complicar."

"Estou gastando no mínimo 30 minutos a mais para atravessar e esperar a perua escolar dos meus filhos. Até eu voltar para o bairro Tatetos chego atrasada no trabalho", disse a cozinheira Rosângela Grizente dos Santos, 38.

"Enche muito a balsa, principalmente nos horários de pico. Às vezes, entram pessoas além da capacidade permitida para não esperar mais tanto tempo", disse o inspetor de tráfego Maurício Caetano de Lima, 29.

Procurado pelo Diário, o subprefeito Fausto Landi não manifestou nenhuma posição. Por meio de nota, a Emae não informou se estuda aumentar o número de embarcações para a área, e nem se terá alternativas para diminuir o tempo de espera dos passageiros, que atinge duas horas. A empresa declarou que investiu R$ 850 mil na embarcação e que diminuiu o número de veículos para travessia por determinação da Marinha.

A justificativa foi confirmada pelo capitão-de-fragata Marcelo Ruas Nogueira, da Capitania dos Portos."As balsas passam por um ciclo de vistoria anual. Em uma dessas ocasiões foi detectado que o espaço de abertura das portas dos carros não estava adequado. É uma questão de segurança que deve ser considerada."

Para o especialista em navegação fluvial Vladimir Cancian Junior, a instalação de uma ponte deve ser estudada por todos os órgãos e empresas envolvidos, especialmente se falta conforto para os passageiros no tipo de embarcação empregada no Riacho Grande.




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