O deputado Ônyx Lorenzoni (PFL-RS) apresentou nesta quinta-feira, à CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) dos Correios, um relatório sobre as declarações de Imposto de Renda do deputado José Dirceu (PT-SP). O pefelista acusa o ex-ministro de não declarar um empréstimo de mais de R$ 14 mil que tomou junto ao PT em 2003.
De acordo com o deputado, o empréstimo do PT a Dirceu está na declaração do partido, mas não na do deputado. Ônyx Lorenzoni disse que, mesmo se Dirceu tiver corrigido sua declaração de Imposto de Renda posteriormente, o documento pode comprovar crime de falsidade ideológica.
"Em tese, são dois crimes: falsidade ideológica e eventual crime fiscal. O fato de ele ter corrigido a declaração não é crime fiscal, mas constata crime de falsidade ideológica", explicou. O deputado disse, ainda, que a prática de falsidade ideológica configura crime de improbidade administrativa.
A senadora Ideli Salvatti (PT-SC) disse que o dinheiro recebido por Dirceu do PT — R$ 14,3 mil segundo Lorenzoni — era adiantamento e não empréstimo, por isso não precisava estar em sua declaração.
O deputado afirmou que o trabalho de análise da documentação durou um mês e que, agora, vai se concentrar nas declarações de renda do senador Aloízio Mercadante (PT-SP). A acusação contra Dirceu foi repassada ao Conselho de Ética da Câmara, que analisa um processo de perda de mandato.
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