Se existe alguém que pode falar com propriedade do Água Santa, esse alguém é Oleúde José Ribeiro. O nome pode ser estranho a muitos, mas o apelido não o é: Capitão, ex-volante da Portuguesa, viu e participou da transição da equipe do futebol amador, na qual foi jogador, para o profissionalismo, quando assumiu o cargo de coordenador do departamento de futebol, no qual permaneceu durante um ano, em 2013, quando a equipe conquistou o acesso à Série A-3 do Paulista.

“A experiência foi muito boa. Foi feito um bom trabalho tanto da parte da diretoria quanto da comissão técnica e dos jogadores. O presidente (Paulo Sirqueira) também colaborou muito, de ter a visão de trazer os atletas, pagando em dia. O Água Santa tem tudo o que as outras equipes precisam”, elogiou Capitão, que hoje está sem clube e pretende seguir carreira como treinador.

“Existe também o sentimento de que o clube é uma família. Isso faz toda a diferença. Todo mundo é amigo, lembro dos churrascos do pessoal, a gente tomava um refrigerante e se divertia”, lembrou o ex-jogador.

Capitão também comparou o momento do Netuno – que deve conquistar domingo o terceiro acesso em três competições oficiais – ao do São Caetano, quando surgiu no cenário nacional ao disputar o título do Campeonato Brasileiro de 2000 – Copa João Havelange. “Vejo semelhança entre esse momento do Água Santa ao do São Caetano no fim da década de 1990 e início dos anos 2000”, avaliou.

O ex-volante também acredita que, para fazer bonito na Série A-1 de 2016, o time de Diadema precisará contar com mais jogadores de qualidade para compor o elenco. “Toda vez que você sobe, tem algo a acrescentar. Uma contratação de atleta com um pouco mais de qualidade, um salário um pouco maior, até porque os adversários são melhores. Mas não tem muita coisa que mudar, é dar seguimento ao que vem sendo feito, não tem muito o que inventar”, aconselhou.