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Suprema Corte mostra-se dividida sobre casamento gay nos EUA
28/04/2015 | 16:01
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Uma Suprema Corte dos Estados Unidos dividida e cautelosa avaliava nesta terça-feira se os Estados que proíbem o casamento para os casais do mesmo sexo violam seus direitos. Os magistrados avaliaram, durante 2 horas e meia de uma audiência já prevista, se devem exigir que todos os 50 Estados norte-americanos permitam as uniões de casais gays, ou se devem deixar o processo político de cada Estado encarregar-se da decisão.

O juiz Anthony Kennedy é apontado como crucial nesse debate. Ele mostrou hoje certas dúvidas sobre se o tribunal deveria redefinir o conceito de casamento, enquanto também questionava as justificativas legais oferecidas por quatro Estados contra a prática, sugerindo que os Estados subestimam o papel do casamento para garantir a dignidade daqueles que desejam se casar. Ele também se mostrou crítico do argumento dos Estados de que as crianças ficam melhor em famílias "tradicionais".

Com a exceção de Kennedy, os juízes se comportaram de acordo com suas linhas ideológicas, com aqueles mais liberais mostrando-se favoráveis a que seja garantido esse direito constitucional, enquanto os mais conservadores resistiam. Um magistrado, John Roberts, notou que uma decisão da Suprema Corte barraria uma discussão que está ocorrendo na própria população. Roberts citou o caso do Maine, que barrou o casamento gay em 2009, mas em 2012 o aprovou em votação.

Diante do prédio da Suprema Corte, centenas de partidários e opositores do casamento gay se manifestaram. Nos EUA, os casais do mesmo sexo podem se casar legalmente em 36 Estados e no distrito de Colúmbia. Os magistrados estão revisando os apelos contrários às decisões de quatro Estados que proíbem essas uniões.

Segundo o jornal "Washington Post", a decisão sobre o tema deve ser anunciada no fim de junho pela Suprema Corte.

Uma pesquisa do Wall Street Journal e da NBC News, divulgada em março, mostra que o apoio ao casamento gay estava em uma máxima recorde, de 59%, quase o dobro dos 30% de apoio de 2004. Fonte: Dow Jones Newswires.




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