"Entendemos a pauta deles, mas eles têm que entender que o nosso produto em grande parte é perecível. Por isso os bloqueios causam prejuízos ao produtor, que é parceiro deles", disse Silva.
Após reunião na quarta-feira, 22, na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), representantes dos caminhoneiros voltaram a exigir a criação de uma tabela de preço mínimo para o frete. Como não houve acordo com o governo, eles reiniciaram os atos de protesto. O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, repetiu nesta quinta-feira, 23, que essa proposta de tabela impositiva não teria respaldo legal, sendo, portanto, inconstitucional. Além disso, segundo ele, essa tabela teria enorme dificuldade de ser operada devido à grande variedade de características dos caminhões e da carga transportada no País. Ao longo desta quinta-feira houve pontos de manifestação no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso e Minas Gerais.
"Para buscar os direitos deles (dos caminhoneiros), não podem prejudicar os colegas que produzem a matéria-prima que eles carregam no dia a dia", explicou Silva. A Fetag fará uma reunião interna, até amanhã, para discutir o assunto. De acordo com o presidente, dependendo da evolução dos protestos, a entidade irá procurar os líderes das manifestações para negociar a situação do transporte de mercadorias agrícolas. "Se for trancado tudo para trazer prejuízo aos agricultores, não apoiaremos a causa", enfatizou.
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