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Consórcio Intermunicipal
quer isentar cotas particulares
Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
18/01/2011 | 07:44
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Em reunião ontem do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, os prefeitos decidiram interceder junto ao governo do Estado para que os hospitais Mário Covas, em Santo André, e Serraria, em Diadema, não entrem na demanda dos 27 espaços públicos de Saúde paulistas, administrados por organizações sociais, que atenderão pacientes particulares ou usuários de planos de saúde privados, reservando até 25% da capacidade operacional total.

O encontro serviu para que a entidade buscasse audiência com o secretário de Saúde do governo Geraldo Alckmin (PSDB), Giovanni Guido Cerri. A data ainda não foi definida, só que o órgão já encaminhou a solicitação para cobrar informações do Estado.

"Queremos discutir a questão da lei prever reserva por proporção. A intenção é saber quais serão os hospitais, até 25% o que significa, pode ser 1% ou 17%, e que tipo de prioridade ou doença seria, emergenciais ou detalhes técnicos avançados", disse o presidente do Consórcio e prefeito de Ribeirão Pires, Clóvis Volpi (PV).

O verde comentou que uma das pautas aguardadas pela região é o terceiro hospital estadual e que o governo do Estado tem ciência disso. "Eles possuem levantamento de quantos leitos existem no ABC e também quantos precisam. Essa ainda não será a pressão do momento, mas com certeza essa discussão vai se desdobrar."

Para o chefe do Executivo de Santo André, Aidan Ravin (PTB), o que deveria ser avaliado seria a liberação de recursos para novos leitos nestes hospitais. "O principal investimento deveria ser na prevenção."

O projeto de lei complementar 45/2010, do ex-governador Alberto Goldman (PSDB), foi aprovado em dezembro na Assembleia Legislativa. Em 2009, os deputados já haviam avalizado dispositivo semelhante, que, depois, foi vetado pelo então governador José Serra (PSDB).

O MP-SP (Ministério Público do Estado de São Paulo) aguarda a sanção da lei pelo novo chefe do Palácio dos Bandeirantes para ingressar com ação civil pública.

Segundo o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), a ideia é dialogar para entender se Cerri incluirá os hospitais de referência da região no rol do processo, já que a lei é apenas autorizativa. "O que precisamos analisar é se temos vagas ociosas para ofertar ao privado. Parece que não. Temos que refletir sobre isso e tomarmos posicionamento. Se vamos ofertar, quantas novas vagas vão ser anunciadas no Grande ABC para ter essa capacidade?"

METRÔ LEVE

Ao ser questionado das razões de não ter sido chamado para reunião com o secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, na quinta-feira, Marinho, visivelmente irritado, desconsiderou o encontro. "Não, não houve reunião. Nós desconhecemos tal reunião que tiveram na semana passada."

O prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PTB), e o deputado estadual Alex Manente (PPS) compareceram à audiência em que Jurandir anunciou que o Estado pretende colocar em operação a ligação Grande ABC-Metrô Tamanduateí até o fim de 2014.

Os interlocutores alegaram que aquela não era audiência exclusiva, e sim para tomar conhecimento do processo. Nova reunião está sendo providenciada para a segunda quinzena de fevereiro. "O secretário (Jurandir) pode vir aqui dar explicações, mas queremos o comprometimento do governador", cravou Volpi.

 

Mário Reali será referendado no dia 7 como presidente

 

A eleição dos próximos presidente e vice-presidente do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC acontecerá no dia 7. De acordo com levantamento de bastidores, o prefeito de Diadema, Mário Reali (PT), deve mesmo ser referendado por consenso para presidir a autarquia em 2011. Apenas o vice ainda continua uma incógnita.

O presidente da entidade e prefeito de Ribeirão Pires, Clóvis Volpi (PV), adiantou que existe entendimento de que Reali deve comandar os próximos passos do órgão público. "Não existe acordo tácito feito aqui. Entretanto trato nas entrelinhas que fala-se no Mário (Reali) e não se apresentou nenhum outro candidato. Portanto acredito que será uma coisa natural." E emendou as razões: "Ele já foi duas vezes vice-presidente. Não é que esteja preparado, porque não é nenhum bicho de sete cabeças, mas está bem encaminhado para que ele possa presidir."

Segundo o mandatário do Paço de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), não há motivo para qualquer alteração repentina. "Já conversamos e não existe por que mudar. Esperamos que seja consenso."




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