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Enfim, acordo à vista

Os governos do Brasil e dos Estados Unidos assinaram memorando que prevê a assinatura de acordo que vai estimular setores econômicos que tenham condições de avançar comercialmente por meio de políticas de facilitação

Do Diário do Grande ABC
06/04/2015 | 07:54
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Artigo

Os governos do Brasil e dos Estados Unidos assinaram memorando que prevê a assinatura de acordo que vai estimular setores econômicos que tenham condições de avançar comercialmente por meio de políticas de facilitação, além de estabelecer ações concretas em parceria com o setor privado para simplificar ou reduzir exigências e burocracias. Com isso, os dois governos pretendem reduzir custos e prazos do comércio bilateral, expandindo-o.

Além de servir para mostrar que o Mercosul nunca foi impedimento para que o Brasil assinasse isoladamente acordos com outras nações ou blocos, esse primeiro êxito da nova direção do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) é reconhecimento implícito de que a estratégia comercial adotada há 12 anos pelo governo constituiu rotundo fracasso, sendo responsável em grande parte pela situação de desindustrialização pela qual passa o País hoje.

Como se sabe, àquela época, a pretexto de diminuir possível dependência do Brasil em relação aos Estados Unidos, o governo brasileiro trabalhou nos bastidores pelo fracasso das negociações que visavam à criação da Alca (Área de Livre-Comércio das Américas), conforme documentos divulgados em 2011 pelo WikiLeaks. Desde então, os produtos manufaturados brasileiros começaram a perder espaço no maior mercado do planeta.

Para refazer esses estragos provocados pela adoção de política anacrônica, pois baseada na ideologia Norte-Sul dos anos 1960, o MDIC trata agora de restabelecer pontes com os Estados Unidos, considerando aquele país mercado prioritário. O resultado disso foi a abertura de conversações para unificar exigências e padrões dos órgãos normatizadores dos dois países, bem como estabelecer agenda para se chegar a acordos setoriais. Além disso, o Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) e a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) assinaram acordo de adesão ao portal da Ansi (American National Standards Institute), que já contava com a participação de países como Índia, China e Coreia do Sul.

O que se espera agora é que idênticos esforços sejam feitos também em direção a acordo isolado com a União Europeia, já que, depois de 15 anos de conversações infrutíferas, aparentemente, não há mais condições de o Mercosul em uníssono apresentar aos europeus proposta viável para a assinatura de tratado de livre comércio. Como se sabe, são problemas internos do Mercosul que têm dificultado o entendimento com os europeus. Se até aqui nunca houve livre comércio nem entre Brasil e Argentina, como poderia o Mercosul oferecer concessões aos parceiros da Europa?

Milton Lourenço é presidente da Fiorde Logística Internacional, de São Paulo.

Palavra do leitor

Sergio Moro
O juiz Sergio Moro defende que réu condenado por crime punido com reclusão, doloso e grave, só pode recorrer recolhido à prisão. Foi assim entre nós até o advento da Constituição de 1988, que consagrou a presunção ilimitada de inocência. Dia desses, o ministro Gilmar Mendes se deu conta de que o Brasil é o único País que só prende após trânsito em julgado da condenação. Até o advento da ‘cidadã’, recebida a denúncia, o réu já não se inscrevia em concurso público nem conseguia registrar candidatura a cargo eletivo, como não tinha acesso a registro em profissão regulamentada. Pudera, a denúncia é precedida de julgamento de quem dirige o inquérito policial ou o processo administrativo, que indicia e submete ao Ministério Público, que oferece ou não a denúncia, e pelo juiz, que só a recebe e instaura o processo criminal uma vez convencido da materialidade e da autoria. Infelizmente, hoje, o agente é filmado, fotografado e confessa com orgulho crimes dos mais graves e responde solto, assume postos eletivos e até, como já ocorreu, se mantém no exercício de cargos eletivos despachando da cela.
Nevino Antonio Rocco
São Bernardo

Bafômetro
Deveríamos inserir na Constituição – o mais rápido possível – a obrigação de que qualquer político, antes de se manifestar, passasse pelo teste obrigatório do bafômetro. É tão lúdico e são tantas as ausências de cultura experimental razoável, de português decente, raciocínio lógico e preparo para o cargo que representam, que faz com que acreditemos que estamos mortos. A presidente Dilma vem sendo criticada não só pela população expressiva, mas também por seus ministros, partido, base aliada e movimentos que a apoiaram e que, vez ou outra, atiram farpas contra ela e seu apodrecido modelo de gestão. Vem tentado – sem sucesso – manipular Joaquim Levi, da Fazenda, e seu vice, Michel Temer, isso sem contar que o próprio Lula, que só aparece para comer do bolo e não para preparar a festa. O barco está à deriva. A bússola foi roubada e o leme, assim como a âncora, feitos de isopor, não suportaram as pequenas marolas. E ela insiste em enxugar o gelo das cordilheiras com lencinho de papel marchê.
Cecél Garcia
Santo André

Fora PT!
O PT me dá raiva! Por que eu,simples sexagenário, aposentado e inválido, tenho de explicar o que a sigla deve fazer para melhorar o seu handicap? A que ponto chegamos? Que derrocada, que decadência, meu Deus! Foi o ex-presidente Lula que recentemente veio com essa conversa de ódio. Lula, ninguém apanha à toa. Ninguém sentiria ódio da sua legenda de graça, afinal de contas, a gente ouve todos os dias as palavras Mensalão, Petrolão e outros ‘ãos’! O problema dos petistas é o convencimento. Lula, por exemplo, quando esteve no poder, batia no peito e se dizia grande estadista. Por quê? Querer ser o que não é, é horrível. O PT é o partido do oito ou 80! Do oba-oba e da militância truculenta, que só serve para machucar as pessoas. Concluo que o PT não está com essa bola toda. Aliás, nunca esteve!
Edson Rodrigues
Santo André

Apologia
Um tal de deputado Wadson Ribeiro, do PCdoB-MG, apresentou projeto de lei que prevê a detenção de três a seis meses a quem praticar apologia ao retorno da ditadura militar durante as manifestações públicas de descontentamento com o governo atual. Será que esse parlamentar não tem vergonha na cara de apresentar projeto desse? Quer dizer que ter o direito de livre manifestação dele ele quer, mas respeitar o dos outros ele não quer? Além disso, o povo está cansado de ver tanta corrupção e tem todo direito de manifestar-se pela troca do atual sistema político, nem que seja pela volta dos militares ao comando do País. O deputado deveria é elaborar projeto que combatesse a extrema corrupção que aflora a classe política neste País, visando pôr na cadeia criminosos que estão quebrando os cofres públicos e beneficiando-se do dinheiro de impostos pagos pelos brasileiros.
Uiltom Herédia Fróes
São Bernardo

José Dirceu – 1
Eu não acredito em reencarnação, mas, certas coisas que hoje acontecem no País envolvendo um elemento do PT me fazem repensar a ideia central de diversos sistemas filosóficos e religiosos, segundo a qual uma porção do ser é capaz de subsistir à morte do corpo. Chamada consciência, espírito ou alma, essa porção seria capaz de ligar-se sucessivamente a diversos corpos para a consecução de um fim específico, como o auto-aperfeiçoamento ou a anulação do carma. Pois é exatamente isso que acontece com José Dirceu , ‘o guerreiro do povo brasileiro’. Sem dúvidas ele incorporou uma porção de Leonardo Di Ser Piero da Vince, ou simplesmente Leonardo da Vince (cientista, matemático, engenheiro, inventor, anatomista, pintor, escultor arquiteto, botânico, poeta e músico). O ‘Zé’, mesmo na cadeia, conseguiu fazer consultoria nos mais variados setores da economia, é extremamente bem informado, um gênio tupiniquim da era moderna que conseguiu desbancar o gênio italiano do alto renascimento.
Humberto de Luna Freire Filho
Capital

José Dirceu – 2
Empresa não fantasma de José Dirceu faturou R$ 40 milhões. Isso é, no mínimo, um tapa na cara dos descamisados e lesados deste País dos corruptos e canalhas. Esse dinheiro roubado da Petrobras precisa e deve ser devolvido ao erário público.
Antonio Jose G.Marques
Rio de Janeiro (RJ) 




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