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Crise não morde alimento premium

Elevação da taxa de juros, estagnação da economia, volatilidade do dólar

Do Diário do Grande ABC
03/04/2015 | 10:56
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Artigo

Elevação da taxa de juros, estagnação da economia, volatilidade do dólar. Nada disso é suficiente para desaquecer o mercado de alimentos e bebidas do tipo premium. Cervejas gourmet, vinhos finos, sucos funcionais, chocolates de origem nobre, massas produzidas com grãos importados, cafés especiais já fazem parte da mesa dos brasileiros das classes A e B e continuarão a fazer. Cada vez mais, as empresas oferecerão produtos e serviços premium em substituição aos comuns. São produtos melhores, mais caros e com grande variedade. É o que pontua o estudo da consultoria Bain & Company, que indica quais são as oito tendências que adicionarão, até 2020, US$ 27 trilhões ao PIB (Produto Interno Bruto) mundial. E esta é tendência em alta também no Brasil apesar de todos os reveses econômicos.

Bom exemplo é o mercado de cervejas. As especiais vêm crescendo acima da categoria como um todo. Segundo dados da consultoria britânica Mintel, o volume de vendas dessas bebidas cresceu 36% entre 2010 e 2013, passando de 280 milhões de litros para 380 milhões. Isso inclui as cervejas artesanais e premium nacionais e internacionais. De vários tipos, elas vieram para ficar. E não é difícil entender o motivo. A onda gourmet ainda não tem penetração suficiente para ter saturado as classes A e B. No Brasil, o poder de compra das duas juntas é igual ao da classe C inteira.

E o que faz esse consumidor continuar louco por novidades e produtos sofisticados, mesmos em momentos de nervosismo? A vontade de experimentar, de ser diferente, de mostrar que é viajado, que entende de vinho e de cerveja, que é cosmopolita. Some-se a isso o fato de os produtos normais estarem muito caros. Por outro lado, as empresas continuam e continuarão investindo em pesquisa e desenvolvimento de premiuns por motivo inabalável: esses produtos têm margens de lucro mais altas. Não são commodities que competem com preço. São iguarias que chamam a atenção nas gôndolas por outros motivos, como a entrega de glamour que oferecem ao consumidor.

Mas aos profissionais que se especializaram em mercados commodities, a crise também pode ser oportunidade. Vender o comum será mais difícil e as empresas buscarão aqueles que sabem fazer isso como ninguém. Dentro de casa, os profissionais de supply chain (cadeia de mantimentos), controladoria, processos internos e operações vão ter que sambar neste ano para compensar todos os problemas pelos quais o País passa e passará. Vão ter que ser mais flexíveis para buscar alternativas. Para eles, os desafios são os mesmos dos executivos especializados em luxo. Sem o mesmo charme, é claro.

Aldo Bergamasco é vice-presidente da consultoria Fesa.<EM>

Palavra do leitor

Crise na Pirelli
Por mais que se tente querer dar importância e/ou ‘valorizar o passe’ da secretária de Desenvolvimento Econômico de Santo André, Oswana Fameli, noto que é mera figura decorativa e que a Pasta serve tão somente como trem da alegria para suas ‘amiguinhas’. Nota-se que depois de o chefe do Executivo ter chamado para si as conversas com os executivos da italiana Pirelli, muito antes do próprio sindicato e ouvido a posição da empresa e as consequências dessa negociação, a divisão de relações institucionais agenda reunião com a secretária da Pasta para falar o que eu não sei, pois já havia sido publicado por esse Diário o desenrolar da negociação (Economia, dia 28). Talvez seja para foto no gabinete para sair neste periódico e/ou nas redes sociais, pois a inércia dessa pessoa figurativa à frente da Pasta não tem ações concretas e demandas que surgem em sua secretaria ficam estagnadas frente a seus adjuntos e diretoras.
José da Silva
Santo André

Explique-me!
Os moradores e comerciantes da Avenida Miro Vetorazzo estão aguardando posicionamento do departamento de trânsito da Prefeitura de São Bernardo sobre as placas de proibido estacionar carro de passeio somente do 700 ao 990. Os amarelinhos vão ao local quase todos os dias para multar e guinchar os carros. Do ponto de ônibus para frente, que fica na mesma via, pode estacionar à vontade? Por que isso ?
Antônio Ulisses de Araújo
São Bernardo

João Pedro
Felicidade é o que sentimos quando lemos a notícia do resultado do transplante do garoto João Pedro (Setecidades, dia 29). Dádiva de Deus. Momento singular! Vitória para todos nós, moradores do Grande ABC. E se nós tivéssemos a oportunidade de receber em nossa região organismo de utilidade pública, sensibilizando e formando profissionais da área da Saúde diferenciados e comprometidos com a causa e com o olhar humanizado frente à necessidade do outro? E se essa organização otimizasse o fluxo da fila única de espera do SUS (Sistema Único de Saúde)? A viagem de trem do João Pedro remete-nos a um instante de reflexão: a relevância do projeto de implantação da OPO (Organização de Procura de Órgãos) nas sete cidades da região. Avaliação socioeconômica é responsável por determinar se o bem-estar e qualidade de vida da população da região aumentam ou diminuem como consequência da implantação do projeto; levando em consideração os custos e benefícios que o mesmo gerará para a nossa região. Se a resposta da efetivação da OPO alcançará maior riqueza do que sem este projeto, com certeza ele deverá ser executado. E o que significa a nossa maior riqueza? O dom da vida. Quantos Joãos, Pedros, Franciscos, Josés, Marias, Celestes, Patrícias e Lourdes poderiam sorrir ainda no decorrer deste ano? A vida será muito, muito mais bela para eles também. E para todos nós, cristãos, que temos interesse genuíno pelo ser humano.
Wilma Maria de Moraes Carvalho Rosa
Instituto Paulista de Educação em Saúde

Precatórios
Com a decisão estelionatária do STF dando mais cinco anos para os Estados e municípios satisfazerem suas condenações judiciais, o Estado Democrático de Direito foi para o brejo. Passaram, mais uma vez, por cima da Constituição, negando princípios universais de direito consagrados no artigo 5º, direitos fundamentais; pisotearam cláusulas pétreas, como da imutabilidade da coisa julgada e irretroatividade da lei. Agora, depois de declaradas inconstitucionais as emendas constitucionais 30 e 62, os novos ministros, à moda dos devedores sem palavra, sob a inovação de modular a coisa julgada, adiam por mais cinco a partir de 2016. Desse jeito, lá por 2017 haverá nova prorrogação. Todo estelionatário, como a cigana, promete sempre para segunda-feira, mas jamais de que semana, de que mês ou de que ano. Precisamos ressuscitar o marechal Castelo Branco ou o Jânio Quadros. Zeraram as dívidas antes de contrair novas obrigações.
Nevino Antonio Rocco
São Bernardo

Resposta
A respeito da carta ‘Artigo’ (dia 25), o Semasa esclarece que realizou vistoria no local e verificou que trata-se de via pública sem saída. No fim da rua, há um bloqueio do escoamento por conta de edificações que fazem frente para a rua Sorocaba. Por isso, há acúmulo de águas superficiais. O Semasa acompanha o caso por meio de processo administrativo, cujo expediente encontra-se junto à Prefeitura. Além disso, no local há uma escada hidráulica (canaleta) na qual o Semasa realiza limpeza. No entanto, durante a vistoria a equipe verificou que serão necessários pequenos reparos, que foram programados para serem realizados até dia 15.
Semasa  




Comentários

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