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Marca própria ajuda faturamento de supermercados
Fabiana Cotrim
Do Diário do Grande ABC
25/10/2003 | 19:45
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O segmento de marcas próprias é a nova aposta das redes de hipermercados para conquistar clientes e ainda fazer uma campanha institucional do nome. Na Coop, as vendas destes produtos correspondem a 7,5% do faturamento total das vendas. Segundo o presidente da rede de hipermercados com sede em Santo André, José Antonio Monte, este número é significativo, pois os produtos de marca própria da rede somam 273 itens em 90 categorias e, no total, a rede trabalha com 18 mil itens.

Segundo pesquisa realizada pela consultoria Nielsen, os produtos de marcas próprias já respondem por entre 4% e 5% do faturamento do varejo brasileiro. O Grupo Pão de Açúcar, que conta com as bandeiras Pão de Açúcar, Extra e Barateiro, investiu R$ 10 milhões nos últimos dois anos para o repocionamento e o relançamento das linhas Extra e Barateiro, além de um segmento de produtos diet e light. O investimento, segundo o grupo, contemplou o desenvolvimento de embalagens, testes de qualidade e ações promocionais.

“Nossa linha foi revista, aprimorada e adequada às necessidades reais de nossos clientes. Pesquisas mostraram uma demanda latente por produtos de qualidade das melhores marcas, mas com preços competitivos.”, disse Rodolpho Freitas, diretor de marcas próprias do grupo. No primeiro semestre deste ano, o segmento no grupo registrou aumento de 119% em vendas na comparação com o mesmo período do ano passado. A intenção da grupo é que até 2005 as marcas próprias respondam por 15% das vendas da rede no país. Nos Estados Unidos e Inglaterra, esta participação é de 15% e 39% respectivamente, volume que mostra que o segmento no Brasil ainda tem grande potencial e espaço para crescer nos próximos meses, também segundo a consultoria Nielsen.

O Pão de Açúcar foi um dos primeiros a apostar no segmento no país. Segundo a rede, o primeiro produto foi o detergente em pó ALV, lançado em 1971. Trinta anos depois a rede de super e hipermercados reposicionou sua área de marcas próprias garantindo, segundo a direção, para todos os produtos o mesmo padrão de qualidade dos líderes de mercado.

Diferente do que muitos pensam, a marca própria não é um produto de segunda linha. Segundo Monte, a Coop privilegia a qualidade e não o preço. “Tentaram mudar o conceito de marca própria, como se fosse voltado apenas para as classes mais baixas. Mas não é assim, a nossa marca vai no produto e temos de manter a qualidade e conquistar cada vez mais a confiança dos clientes.”

Segundo o presidente da Coop, muitas vezes os produtos de marca própria são produzidos por empresas líderes no segmento, cujos nomes são impressos no verso da embalagem. “Exigimos testes de qualidade internacional para colocar a marca Coop em um produto”, afirmou Monte.

A rede Sonae, detentora do Big, também aposta no segmento. Além dos produtos já existentes, a rede deve lançar mais 100 artigos de marca própria até o fim deste ano. Segundo a direção, a importância do segmento pode ser sentida até nos encartes de ofertas, que já conta com os produtos de marca própria. O grupo lançou neste ano a Linha Vida, que além de levar a marca Big, é voltada para um público que prefere produtos light e diet.




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