O Festival do Chocolate de Ribeirão Pires pode ser adiado para agosto. As obras no Complexo Ayrton Senna, local que recebe o evento - geralmente realizado em julho - ainda não saíram do papel. A expectativa era que o anúncio das construções acontecesse no mês passado, mas até agora a situação pouco avançou.

Em entrevista ao Diário, o secretário de Turismo, Esporte, Lazer e Juventude e de Educação e Cultura, Guto Volpi, afirmou que o processo licitatório para a primeira obra será aberto em fevereiro - após reunião do conselho de festejos da cidade. "Estamos terminando o orçamento. Vamos ter pátio coberto para 5.000 pessoas", informou.

A construção da tenda deve demorar entre 60 e 90 dias. "Não vamos fazer a festa antes da arena. Se for preciso adiar (o início da festividade), temos a válvula de escape, no caso, o mês de agosto", admitiu. O festival faz parte do calendário oficial de Turismo do Estado. No ano passado, apesar de constar no mês de julho, só teve início no dia 12 de agosto.

O objetivo da tenda é impedir que a chuva seja, por mais um ano, a grande vilã da festa. O secretário destacou que o Executivo arcará com a obra. "Foi uma demanda do prefeito (Clóvis Volpi). Só estamos tentando viabilizar o custeio", disse.

A intenção da administração é, posteriormente, utilizar o espaço para outros eventos municipais como formaturas e ações esportivas. "Por isso não podemos tomar uma decisão precipitada", ponderou.

A arena não será a única mudança prevista para essa sétima edição do festival - primeira sob o comando de Guto. "Quero deixar os shows menores. Minha proposta é trazer artistas mais intimistas como Maria Rita e Nando Reis. Trabalhar com coisas menos comerciais como jazz", analisou.

Todas as modificações têm claro objetivo: resgatar o clima familiar que, de acordo com o secretário, foi se perdendo com o passar das edições. "Quando fomos para o Ribeirão Clube (na edição de 2009), esse tipo de público se ausentou. O forte é gastronomia e não shows", avaliou. Todas as medidas serão tomadas pensando nesse novo perfil.

A gratuidade do evento também vem sendo estudada. "Uma família gasta bastante com o ingresso. É preciso multiplicar o valor em quatro ou até cinco vezes".

Para o titular, isso diminui o poder de consumo dos turistas dentro do evento. 

ORÇAMENTO

No fim do ano passado, o Executivo repassou R$ 10,5 milhões somente para Turismo, um dos maiores orçamentos entre o primeiro escalão. "A cobrança é maior e o erro custa mais caro", considerou Guto.

Sobre seu futuro político, o secretário desconversa. Ventila-se que o titular concorrerá à vaga no Legislativo em 2012. "É decisão de partido e família", amenizou.