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Samba de capoeira

Do encontro de dois amigos resultou o álbum duplo 'O
Samba de Roda de Dalua e Mestre Maurão' com 24 faixas

Daniela Gonçalves
Especial para o Diário
04/01/2012 | 07:30
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Dois amigos foram unidos pela prática da capoeira em Santo André. Em 2009, ao final dos jogos, Clayton Prachesqui, o Dalua, e Mauro Porto da Rocha, o Mestre Maurão, puxavam com palmas uma roda de samba para encerrarem as atividades. Desses encontros, surgiu a ideia de gravar um disco com tudo que faziam e registrar aquele momento de descontração.

O resultado é ‘O Samba de Roda de Dalua e Mestre Maurão' (Independente, R$25 em média). O álbum duplo conta com um total de 24 faixas, sendo que algumas delas registradas pela primeira vez. "São canções de domínio público, passadas entre as gerações de forma oral e que resgatam a origem africana do Brasil", diz Dalua.

Além das dez canções do samba de roda em seu estado bruto, que pode ser conferido no CD 2, o primeiro disco traz releitura das músicas com novos arranjos e participações de outros músicos que acrescentaram as características de seus instrumentos ao estilo, como o arcodeon de Marcelo Jeneci e o piano do cubano Yaniel Matos.

Para Dalua, que também é mestre de capoeira, o disco é uma forma de retribuir tudo o que a tradicional luta lhe proporcionou, inclusive a amizade de 20 anos com Mestre Maurão. "Viemos da mesma escola, a diferença é que eu fiz minha vida na capoeira e o Dalua seguiu pelos caminhos da percussão", completa Maurão.

Com dois anos até a concretização do projeto e produção do próprio Dalua em parceria com Guilherme Chiappeta, o álbum traz como características principais a diversidade e o resgate da musicalidade de raiz africana, que resultam em novas sonoridades, harmonias e melodias, sempre lembrando de onde veio.

É estranho pensar que muitas dessas músicas, apesar de serem de domínio público, sejam desconhecidas por grande parte dos brasileiros. Esse trabalho da dupla possibilita a ampliação do público de algo que, por direito histórico, faz parte da origem de toda a sociedade.

SANTO ANDRÉ - Apesar de morar em São Paulo, Dalua ainda tem contato com Santo André, uma vez que tem família por aqui e dá aulas de capoeira uma vez por semana no município. Mas o percussionista não toca na cidade há mais de um ano e não esconde a vontade de trazer o novo trabalho para cá.

"Gostaria que o lançamento oficial, com banda completa, fosse em Santo André, no Teatro Municipal. Espero que esse trabalho me possibilite tocar novamente no local que fiz tanta história", revela Dalua.

 




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