“Muitos fazem SUVs, mas, nós, fazemos Jeep”. Assim o diretor-geral da Chrysler Brasil e Jeep América Latina, Sérgio Ferreira, abriu o discurso de apresentação do Renegade. A nova aposta da marca promete ser um dos principais lançamentos do ano no segmento automotivo e, assim como o recém-lançado Honda HR-V, chega (no comecinho de abril) para brigar com Ford EcoSport, Renault Duster e o futuro Peugeot 2008 no badalado segmento de utilitários compactos.

O interesse no modelo é tanto que mais de 25 mil potenciais clientes já correram atrás de informações do modelo nos meses que precederam sua chegada. E não foi fácil trazê-lo para cá. Para a estreia do Renegade – que já é vendido nos Estados Unidos desde o ano passado – o Grupo FCA (Fiat Chrysler Automobiles) construiu uma fábrica no Brasil (em Goiana, Pernambuco) e estendeu o número de concessionárias para 120 unidades. Até 2014 eram apenas 45.

PREÇOS E VERSÕES
Pois bem. Que o modelo é bonito, estiloso, tem três versões de acabamento e duas de motorização, todo mundo já sabe. Mas a informação mais esperada envolvia números. Os preços vão de R$ 69,9 mil a R$ 116,9 mil. De acordo com os executivos da marca, em junho chega uma opção mais barata, que será um pouco empobrecida em equipamentos e partirá de R$ 66,9 mil.

A configuração de entrada do Renegade (Sport) pode vir tanto com o motor 1.8 E.torQ Flex de até 132 cv (câmbio manual de cinco marchas ou automático de seis) quanto com o 2.0 turbodiesel 4x4 de 170 cv e transmissão automática com nove marchas – no 1.8, a tração é nas rodas dianteiras.

Responsável por cerca de 30% das vendas do portfólio, a configuração intermediária Longitude (preços vão de R$ 80.990 a R$ 109.990) conta com as mesmas configurações mecânicas das supracitadas – exceto o câmbio manual. Por fim, o topo de linha Trailhawk, aquela, de R$ 116,9 mil, sai de fábrica apenas com o motor mais potente.

E esta última versão foi a nossa companhia por mais de três horas de test-drive. Durante o trajeto deu para ver do que este jipinho é capaz. Barro, lama, facões, mato, asfalto, nada é empecilho para ele, que tem, como equipamento de série, sistema Selec-Terrain com exclusivo modo ‘Rock’ (pedra), Hill Descent Control e suspensão elevada em 2 centímetros (22,3 cm, no total). O bom torque de 35,7 mkgf (a baixos 1.750 rpm) entrega ótimo desempenho em estradas e o tamanho moderado, a agilidade necessária na cidade. Realmente, esse promete!

Com uma lista de 60 itens opcionais (e 71 de acessórios), o Renegade é bem recheado de série. O modelo topo vem com ganchos para reboque na frente e atrás, rodas de liga com 17 polegadas, sensor de aproximação dianteiro, traseiro e no ponto cego dos retrovisores, freios a disco nas quatro rodas e com antitravamento, direção elétrica e os controles de estabilidade, de tração, anticapotamento e de velocidade de cruzeiro.

Por dentro, destaque para o quadro de instrumentos com tela digital e monitor de 5” touch screen no centro do painel e ar-condicionado de duas zonas. O calcanhar de Aquiles do modelo, provavelmente, será o espaço apertado no interior. Mesmo com 2,57 metros de entre-eixos, quem vai atrás sofre um pouco.