Os reguladores americanos estudaram a capacidade de os bancos norte-americanos enfrentarem uma queda de 3,3% da atividade econômica nos Estados Unidos, em seus "testes de estresse" aplicados aos 19 maiores estabelecimentos do país, anunciou nesta sexta-feira o Fed (Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos).

Dirigentes de alto escalão do banco central americano tiveram o cuidado de precisar que esta hipótese não era uma previsão do órgão.

A conclusão do Fed é de que a maioria dos grandes bancos americanos tem um nível de recursos próprios 'bem superior" às exigências regulamentares, mas os reguladores consideram "prudente" que eles mantenham capitais excedentes durante dois anos para evitar o pior.

O teste levou também em consideração o risco de "contrapartida", ou seja, o risco que um banco enfrenta com a quebra de um parceiro de negócios.

Estas informações estão contidas num documento de quase 20 páginas publicado pelo Fed que explica como foi aplicado o teste de estresse anunciado pelo Tesouro em fevereiro. Os resultados completos devem ser publicados na semana de 4 de maio.

O Fed indicou que os bancos foram submetidos à hipótese de referência de uma queda do PIB (Produto Interno Bruto) americano de 2% em 2009, seguida de uma retomada de 2,1% em 2010.

A hipótese mais negativa aplicada foi a de uma queda de 3,3% do PIB em 2009, seguida de uma retomada de 0,5% em 2010, com uma taxa de desemprego de 10,3% em 2010.

Em suas previsões econômicas mais recentes, o FMI (Fundo Monetário Internacional) afirmou que a economia americana deve registrar uma contração de 2,8% em 2009 e ter um crescimento nulo em 2010.

Os resultados do teste de estresse devem depender da continuidade da ajuda dos poderes públicos aos grandes bancos.