Após caso de Diadema, morador teme pela residência na Vila Gilda
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Uma obra localizada na Rua Senador Vergueiro, na Vila Gilda, em Santo André, causa transtornos ao vizinho do local, que teme por sua residência principalmente após o desabamento de quatro casas em Diadema, na terça-feira.
O comerciante Fausto Eduardo Pires, 54 anos, conta que desde o início dos trabalhos, problemas atingem seu imóvel, que é vizinho de parede da obra. “Minha casa está com diversas infiltrações. As rachaduras aumentam a cada dia.” Ele conta que os funcionários da construção são desleixados e despejam vários materiais sobre sua moradia. “Jogaram muito cimento no meu telhado, chegaram a quebrar telhas.”
Em alguns pontos da casa, a água brota da parede e inunda o chão. “Temos que passar o rodo periodicamente. O problema é que a obra não possui sistema de escoamento eficiente.”
Segundo o comerciante, durante o início da construção, no ano passado, um muro cedeu. “A Defesa Civil fez uma vistoria e deu aval para a continuação da obra. E se esse muro caísse na minha casa, o que teria acontecido?”
O comerciante possui um laudo da Defesa Civil, datado de 26 de setembro, que atesta a segurança da construção. Porém, as famílias que viviam nas residências que desabaram em Diadema tinham a mesma documentação.
A equipe do Diário teve acesso à obra e constatou a ausência de informações sobre os responsáveis, uma envergadura na estrutura, além de muita água parada. Não havia ninguém no local.
Procurada, a imobiliária Imóveis Evidência, responsável pela obra, disse que os problemas são comuns, porém, afirmou que irá melhorar as condições do local para evitar transtornos ao vizinho. A empresa prometeu ainda efetuar os reparos devidos após a finalização da construção. Já a Defesa Civil informou que, na ocasião em que o muro cedeu, não havia risco para o imóvel vizinho e, depois, não houve mais chamados para a residência em questão.
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