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Marqueiz lembra Emeric Marcier
Ademir Medici
26/02/2015 | 07:00
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“Para você guardar como lembrança. Lembrança de um tempo em que jornalismo era sinônimo de raça, idealismo e talento. Continuaremos sempre jovens enquanto houver a preservação da memória. Prossiga com sua luta. Você não está só.”

José Marqueiz, 8-6-2000

Sobre a foto que abre Memória hoje, o depoimento em forma de legenda do saudoso jornalista José Marqueiz, revelado pelo Diário e que atuou nos principais jornais brasileiros:

- Emeric Marcier, quando esteve em Mauá, em 1975 (fevereiro), visitando a capela onde pintou seus primeiros murais.

ET – o Marcier é o de barba branca.

- Essa foto, não tenho certeza, deve ter sido tirada em um restaurante de Mauá.

NOTA – Esse era o Marqueiz, criativo e espirituoso, que legou à Memória esta e outras imagens. Escolhemos a de Marcier para marcar uma data: 40 anos passados.

Emeric Marcier – Paisagista e artista plástico (Cluj, Romênia, 1916 – Paris, França, 1990). Veio para o Brasil em 1940. De origem judia, converteu-se ao catolicismo após conhecer a arte barroca de Minas (1942). Um de seus trabalhos mais imponentes (1945-1947) é a série de 23 painéis da Capela Imaculada Conceição, em Mauá, um dos mais importantes conjuntos de afrescos do Brasil. São desenhos originais de grandes proporções. A capela pertence ao hospital da Santa Casa de Mauá.

Marqueiz foi dos primeiros profissionais de imprensa a realçar o trabalho de Marcier.

José Marqueiz – Jornalista e escritor. Morreu em 29-11-2008. Trabalhou no Diário desde o fim da fase do semanário News Seller. Permaneceu no jornal até 1972. Depois, trabalhou em O Estado de S.Paulo, onde conquistou o Prêmio Esso de Jornalismo Nacional com uma série de reportagens especiais sobre o contato do sertanista Villas Boas com índios brasileiros.

José Marqueiz foi um dos mais primorosos textos do jornalismo brasileiro. Fez carreira em outros veículos nacionais de comunicação e retornou mais uma vez ao Diário nos anos 1980, como repórter especial. Seu último trabalho foi o livro que narra a trajetória de vida do educador Valdemar Mattei, de Santo André.

O BOI E A FÁBRICA

Texto e foto: Joana Bergamaschi

Esse boi foi fabricado na Porcelana Real e retirado precisamente em 1954. Pertencia à minha avô, Joana Maria Parreira. Ela residia na Vila Vitória, bem perto da porcelana, onde muitos de minha família e moradores do bairro trabalharam.

Segundo minha mãe, meu tio Balbino comprou a peça com o primeiro pagamento e presenteou a mãe. Penso que tio Balbino adquiriu a peça em momento saudoso, pois nossa família há pouco chegara de Ouro Fino, em Minas Gerais.

Acredito que aquela estatueta representava a saudade de uma vida interiorana, lá da roça que ficara para trás.

Hoje esse boi está com minha mãe (Ana dos Santos Garcia), justamente em Ouro Fino. É possível que mais alguém da Vila Vitória deva ter um exemplar como esse.

Quero ressaltar que nossa família cresceu e se multiplicou nessa Mauá acolhedora.

Diário há 30 anos

Terça-feira, 26 de fevereiro de 1975 – ano 27, nº 5759.

Manchete – Novo preço da gasolina pode sair hoje

Economia – Indústria cresce 7,6% em São Paulo, depois de três anos de recessão.

São Bernardo – Prefeitura vai doar áreas a favelados. O prefeito Aron Galante aprovou estudo que recomenda a concessão de direito real de uso de áreas municipais a favelados e sugere ao poder público atuar como intermediário no caso de favelas instaladas em terrenos particulares.

- Inicialmente serão beneficiados moradores de Divinéia, Vila Pelé e Núcleo Santa Cruz. Depois, famílias do Parque São José, Itamarati, Estrada da Cooperativa, Santa Maria, José Artur da Frota Moreira, Belita-Nazareth, Oragnof e Jardim Esmeralda.

Futebol – Domingo, no Estádio Bruno Daniel: Santo André 0, São Bernardo 2, pela Copa São Paulo.

Em 26 de fevereiro de...

1870 – Aberta ao público a primeira linha do metrô de Nova York, movida a ar comprimido.

1915 – A guerra. Do noticiário do Estadão: ‘o sucesso dos aliados no teatro de Leste’.

1930 – Nasce, em São Paulo, Acylino Bellisomi, professor e vereador por duas vezes em Santo André.

- O automóvel P1215, dirigido por seu proprietário, Carmo Angerami, atropela Luiz Becchielo, 40 anos, casado, ajudante de motorista, residente na Estação de Rio Grande. A vítima teve fratura do nariz e escoriações pelo corpo e foi internado na Santa Casa, de São Paulo. O acidente ocorreu no Caminho do Mar, perto da Vila de São Bernardo.

1945 – Prefeitura de Santo André remete ao Departamento das Municipalidades projeto de decreto-lei que autoriza o município a aceitar, em doação, as áreas que constituíam as ruas da Vila Alpina.

- Vivia-se o período do Estado Novo, sem Câmaras Municipais constituídas. Os prefeitos eram nomeados e as decisões político-administrativas tinham que ter o aval do tal Departamento das Municipalidades, controlado pelos interventores estaduais.
1970 – Criado o Serviço Funerário Municipal de Santo André.

- Morre o ator andreense Aníbal Guedes, 30 anos, marido da atriz Sonia Guedes.

1975 – Ao empatar com o Palmeiras em 2 a 2, no Pacaembu, o Santos conquista o 3º Torneio Laudo Natel. É a primeira conquista do Peixe depois da Era Pelé.

Santos do dia

- Santa Paula Montal Fornés (Espanha, Barcelona, 1799 – Olesa de Monteserrat, 1889). Fundou a Congregação de Filhas de Maria Religiosas Escolápias.

- Alexandre (papa entre os anos 106 e 115). Como outros contemporâneos cristãos, morreu decapitado por ordens de Trajano, imperador romano.

- Deodoro

- Nestor

- Porfírio. Nasceu na Grécia, em 353, e morreu na Palestina, em 420. Foi bispo em Gaza.

Hoje

- Dia do Comediante. 




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