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Comércio de imóveis cresce 0,8% em junho
Anderson Amaral
Do Diário do Grande ABC
21/08/2006 | 22:45
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As vendas de imóveis usados no Grande ABC registraram aumento em junho após três meses consecutivos de queda. Pelo menos é o que revela a pesquisa do Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo), que constatou expansão de 0,8% no mês retrasado em comparação a maio na região que reúne as cidades de Santo André, São Bernardo, São Caetano e Diadema, além de Osasco e Guarulhos. No acumulado do ano, no entanto, o levantamento mostra recuo de 12,45% na comercialização de usados.

A pesquisa do Creci-SP também observou que casas e apartamentos usados com preço até R$ 80 mil foram os mais procurados em junho na região que inclui o Grande ABC, respondendo por 55,19% dos contratos efetivados.

O comportamento do mercado de imóveis usados no Grande ABC bateu o do Estado de São Paulo no mesmo mês. Na média paulista, houve pequena expansão de 0,31% em junho na comparação com maio, com a realização de 1.029 vendas. A pesquisa observa o desempenho de 1.516 imobiliárias de 37 cidades do Estado.

Nas outras três regiões pesquisadas, as vendas caíram 6,09% na capital e 2,25% em todo o  litoral. Além do Grande ABC, houve alta também no interior (6,97%).

O cenário é praticamente o mesmo no mercado de locação de imóveis. Segundo a pesquisa do Creci-SP, a região que inclui o Grande ABC registrou alta de 2,48% no número de locações em junho contra maio. Essa foi a única entre as quatro regiões avaliadas que teve expansão no indicador. Houve queda de 8,77% na capital, 4,38% no interior e de 2,66% no litoral.

Com o bom resultado alcançado em junho, o mercado de locação de imóveis do Grande ABC recuperou-se em parte do desempenho desfavorável dos últimos meses. De acordo com o Creci-SP, o saldo acumulado do ano é de queda de 2,64% – que já foi de 5,01% no período janeiro-maio.

Por outro lado, a inadimplência nos contratos de locação cresceu nas quatro regiões do Estado. No Grande ABC, houve alta de 8,67%, contra 6,99% na cidade de São Paulo, 7,93% no interior e 10,86% no litoral.

Segundo a pesquisa, os imóveis com aluguel entre R$ 201 e R$ 400 foram os mais locados na região que compreende o Grande ABC, representando 53,24% dos contratos. “A grande concentração do déficit de 6 milhões de moradias no país é por imóveis populares. Essa falta leva as famílias a alugar imóveis mais modestos e baratos ou morar precariamente de favor, em cortiços e favelas”, disse em nota o presidente do Creci-SP, José Augusto Viana Neto.

O levantamento mostrou ainda que o fiador foi a forma quase absoluta de garantia de locação no Grande ABC, com 91,97% dos contratos.




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