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Sleeping já está nas rádios e, pelo que Keep It Turned On apresenta, logo Astley emplacará outras canções. Seu som resulta de uma gostosa mistura de pop inglês, dance, soul e alto astral. Wanna Believe You e Don’t Ask são duas provas de seu estilo inconfundível e meio eclético. Até suas baladinhas mais românticas, como What You See Is What You Don’t Get, Breathe e One Night Stand, são suportáveis.
O mauricinho Astley jura que, durante esses 10 anos longe das gravações, não ficou afastado da música. Fez pesquisas e experimentações em um estúdio particular ao lado de amigos e, assim, criou aos poucos as faixas de Keep It Turned On: “Usei esse tempo afastado para produzir sem pressa nem objetivos imediatos”.
Mas há algo a ser esclarecido sobre sua saída repentina dos palcos. Em 1994, depois de oito singles seguidos – entre eles, Never Gonna Give You Up, Cry for Help e Whenever You Need Somebody – alcançarem o topo das paradas inglesas, Astley, então com 28 anos, interrompeu repentinamente sua carreira. Sua filha havia nascido e ele decidiu passar mais tempo com a família.
A verdade é que Astley já não suportava mais o universo pop e a crítica, que o encarava como um produto de nomes fortes da indústria fonográfica – ele havia sido apadrinhado por Pete Waterman, o mesmo que lançou Kylie Minogue e Jason Donovan. A saída de cena foi gradual: começou com o álbum independente Free (1991), cujo título (liberdade) é sintomático. Nele, Astley fez as pazes com o soul, sua grande paixão. E, depois de alguns discos com menor repercussão, sumiu. Daqueles tempos, Astley dispensa o rótulo e só guarda a boa música.
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