Política Titulo Brecha
PPS aproveita lacuna deixada por Marina Silva

Partido filia ex-integrantes do PV, que passa por indefinição

Beto Silva
do Diário do Grande ABC
30/10/2011 | 07:05
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Fernando Nonato/DGABC


O PPS do Grande ABC acompanha o movimento nacional de cooptação de ex-integrantes do PV. Dirigentes popular-socialistas aproveitam a lacuna deixada pela ex-senadora e candidata verde à Presidência em 2010, Marina Silva, que saiu da legenda e participa de atividades pelo Brasil, cuja ação vem sendo tratada como ‘nova política'.

O coordenador regional do PPS, deputado estadual Alex Manente, afirma que a sigla se junta à ideologia de Marina para "se fortalecer e atuar como partido do futuro". "Não perdemos nossa característica, nossa identidade. Pelo contrário, estamos nos adequando à realidade de colocar em prática políticas públicas sustentáveis para melhor qualidade de vida."

Sem divulgar números, Alex observa que o PPS cresceu nos últimos meses ao filiar dezenas de políticos que eram ligados ao PV. Nos âmbitos nacional e estadual, ingressou na legenda Ricardo Young e o convite para Marina Silva já foi feito - ela não descarta, porém, lançar agremiação partidária.

No Grande ABC, os reforços foram de vereadores. João Merenda, em Diadema, Atila Jacomussi, em Mauá (para ser candidato ao Paço em 2012), e Maurilio Pompilio, em São Caetano.

Na última, o desenvolvimento do PPS por meio de ex-verdes ocorreu de maneira mais efusiva. A direção do PV se transferiu para os quadros popular-socialistas, inclusive o ex-mandatário da executiva verde Juan Munhoz. O que mostra, ainda, a relação estreita entre Alex e o prefeito José Auricchio Júnior (PTB), que avalizou a manobra.

Por outro lado, o PPS perdeu dois parlamentares nas últimas semanas - José Nelson, de Ribeirão Pires, se transferiu para o PSD, e Miranda da Fé, de São Bernardo, foi para o DEM.

Diadema - Em Diadema, o PPS entra na briga para indicar o vice da chapa de reeleição do prefeito Mário Reali (PT). A disputa tem Gilson Menezes (PSB), que luta para permanecer na função, o secretário de Segurança Alimentar, Manoel José da Silva, o Adelson (PSB), o presidente da Câmara, Laércio Soares (PCdoB), a vereadora Cida Ferreira (PMDB) e o chefe de Gabinete, Osvaldo Misso (PT).

"Naturalmente o João Merenda é o mais forte para entrar nessa disputa. Vou conversar (com Reali) e mostrar que temos condições e quadros experientes para dividir a chapa com ele . Há a orientação do PT para não ter parceria com o PPS, mas em Diadema há exceção, inclusive garantida pelo Rui Falcão (presidente nacional do PT)", afirmou Alex.

O que Rui Falcão disse, na verdade, foi a permissão para aliança. Mas deixou claro que não aceitará o PPS como vice de Reali. Caso o petista queira mesmo escolher algum quadro do PPS, terá de brigar pela indicação junto à executiva nacional do PT.

Colaborou Raphael Rocha




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