Economia Titulo Reajuste
Embalagens encarecem 10% para Natal
Vinicius Gorczeski
Especial para o Diário
30/10/2011 | 07:37
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Orlando Filho/DGABC


O setor de embalagens está a pleno vapor desde julho para atender a demanda do Natal. Ao comprar as embalagens para presentes neste ano, o consumidor deverá notar encarecimento médio de 10% nos valores desses produtos. A justificativa das fabricantes é que os preços das matérias-primas como plástico e papel subiram, assim como a inflação e a correção dos impostos.

O cenário de alta não interfere na projeção de crescimento do seto, que está animado com o desempenho deste ano. Esse é o caso da Cromus, de Mauá.

O diretor comercial, Fernando Hachul, prevê crescimento de 7,5%. Ele destaca que a ampliação do número de gerentes de vendas que estreitam a relação com o cliente e novos produtos vão ajudar no resultado. “Apostamos nas vendas das sacolas de papel para presentes, com três modelos e estampas diferentes, algo que até então não tinha no mercado”, exemplifica. Hachul assinala que o custo médio desse item ao consumidor será de R$ 6. Mas o carro chefe são os sacos de presentes, que custam em média R$ 1,50.

E o setor não envolve apenas plásticos coloridos. Ele está fortemente atrelado à demanda industrial, que empacota eletroeletrônicos, eletrônicos, móveis e alimentos. A coordenadora de marketing e vendas da diademense Embalagens Bandeirantes – especializada em embalagens ondulares –, Elisama Lima, diz que essa fatia do mercado é como um termômetro da atividade econômica.

No Grande ABC, esse nicho atravessa bom momento. Elisama calcula que houve alta de 27% nas vendas entre janeiro e setembro, sendo 17% apenas neste semestre, devido às vendas de fim de ano. Para 2012, a empresa busca incremento de 14% sobre 2011. A Bandeirantes produz ainda brindes com o mesmo material ondular para elevar as vendas e diversificar o portfólio. É o resultado da mudança de hábitos, em que os plásticos têm perdido vez para produtos de papel – recicláveis e biodegradáveis.

“Esse é um mercado forte na região, porque é favorecido pelas indústrias. Quando chega no fim do ano, apesar de fornecermos para o Brasil todo, a região é o foco porque a demanda cresce muito.

O diretor da C&Z Embalagens, Caetano Estanislau, é um dos que buscam na região ampliar seu portfólio, devido à representatividade do parque fabril instalado nas sete cidades. A empresa dele é de Suzano. “Vamos investir entre R$ 150 mil a R$ 250 mil na produção de sacolas até o fim do ano, mas é entre outubro e dezembro que vendemos até R$ 500 mil”, detalha, afirmando que isso representa alta de 10% frente ao faturamento de 2010. A projeção é de vender cerca de 350 mil unidades no período natalino.

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Segmento deve faturar até R$ 45,6 bilhões em 2011

O setor de embalagens vem numa crescente quando o assunto é faturamento. Desde 2006, o ramo tem obtido expansão, ano a ano, passando praticamente ileso da crise econômica de 2008. Em seis anos, e considerando o potencial de faturamento previsto para 2011 (de R$ 45,6 bilhões) o ramo aumentou seu faturamento em 45,7%.

Em 2006, havia comercializado R$ 31,3 bilhões. Os dados são da Associação Brasileira de Embalagens, com dados do IBGE. No primeiro semestre, a produção física de embalagens cresceu 2,98%, em comparação com o mesmo período de 2010.

O emprego no ramo abriu mais 8.262 postos no período entre junho de 2010 e o mesmo mês deste ano. Apesar da mudança de hábitos dos consumidores – que estão preferindo itens sustentáveis – fábricas de plástico empregam mais.

Em junho, eram 117.750 pessoas com carteira assinada nesse setor. Montante que corresponde a 52,63% dos postos do setor. Em seguida, vem papelão ondulado, com 35.183 funcionários (15,72% do segmento).




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