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O diretor e ator da Cia. Luis Louis passou cinco anos estudando na Inglaterra com mestres do chamado teatro físico e da mímica. De volta à terrinha, em 1997, criou o seu Estúdio de Mímica, a um só tempo escola, espaço de formação e núcleo de pesquisa. A partir de hoje, com a estréia do espetáculo Sistema Nervoso, dirigido e criado por Luis, começa no Centro Cultural São Paulo uma pequena mostra do trabalho desenvolvido em seu Estúdio.
São três espetáculos adultos – Sistema Nervoso, Risco de Vida, Sintoma – e um infantil, Missão Super Hiper Importante. Mímica é a linguagem de todos os espetáculos, mas que ninguém espere aquele gestual lírico e silencioso, marca do artista Marcel Marceau (1923-2007). “A maioria das pessoas ainda associa mímica à pantomima, arte silenciosa realizada por um ator com o rosto pintado de branco”, argumenta Luis.
Também por isso, ele lança com a mostra o Manifesto da Mímica Total para dizer que o mímico canta, fala, grita e ainda que a mímica é condensação do gesto e da palavra em busca de potência. É arte e é filosofia.
Sistema Nervoso tem como ambiente um ringue de boxe. “O sujeito cai nocauteado e a partir daí repensa sua vida, revê as idéias que introjetou.” Por exemplo? “Sabe quando alguém diz: a única certeza que temos é a morte? Não é, é a vida. Ele vai desmontando as frases feitas, revendo os conceitos que vêm do senso comum.”
Em Sintoma, uma mulher de meia-idade subitamente se depara com seus desejos na sala de espera de um consultório “É uma provocação bem-humorada sobre a repressão.”
Por fim, em Missão... três crianças procuram um livro que traz a resposta para a pergunta: o que é a vida? Para tanto, terão de viajar até a Ilha da Caveira, o que por si só é uma aventura.
Manifesto da Mímica Total – Mostra de espetáculos. Abertura hoje, às 21h, com Sistema Nervoso. Centro Cultural São Paulo – Rua Vergueiro, 1.000, Tel.: 3383-3400, Ingr.; R$ 10. Até 23 de março.
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