A polícia uruguaia está em alerta para proteger a delegação dos Estados Unidos em Montevideu durante a visita do presidente George W. Bush, que será recebido com atos de repúdio por grupos radicais.
A Direção Nacional de Informação e Inteligência (DNII) prevê reforçar a escolta da embaixada americana e a residência do embaixador, além de empresas e entidades como Mc Donald's, Coca Cola e a Aliança Cultural Uruguai - Estados Unidos.
Bush chegará ao Uruguai em 9 de março. O presidente americano ficará na fazenda presidencial de Anchorena, na cidade de Colonia.
Analistas da DNII afirmaram ao jornal El Observador que "grupos violentos" preparam atos de recepção a Bush e manifestações estão sendo organizadas em vários pontos do país.
Irma Leites, representante da grupo Memória, Plenária e Justiça lamentou que se esteja criando um "estado de controle das mobilizações, restringindo o direito de protesto".
"Não é novidade que todos os aparatos repressivos estejam a serviço dos Estados Unidos durante a visita do genocida, algo consistente com a paranóia policial", afirmou Leites à AFP. Ela também assegurou que serão realizadas manifestações em Colonia, com a presença de ativistas argentinos, brasileiros e de outros países da região.
A central sindical uruguaia Pit-Cnt planeja uma marcha pela principal avenida de Montevideu, "Com Artigas (presidente uruguaio), pela paz, a soberania e a unidade latinoa-mericana, fora Bush".
"As autoridades não precisam se preocupar porque as organizações vão garantir o caráter pacífico da mobilização", afirmou o dirigente sindical, Marcelo Abdala.
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