No Brasil são feitos cerca de 15 mil ciclos de fertilização por ano, segundo informações da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana. O Estado de São Paulo é responsável por mais da metade desses tratamentos, já que a cada 100 casais, 20 apresentam dificuldade para ter filhos. É em casos de reprodução assistida que as chances de nascimento de gêmeos, trigêmeos e quadrigêmeos é maior. Casos em que até quatro embriões podem ser colocados no útero da mulher.
A mensuração de embriões colocados no útero deve-se ao avanço da medicina. Atualmente, a medicina mundial busca colocar apenas um embrião em cada ciclo. Desde 1993, o Conselho Federal de Medicina determinou que o número máximo de embriões introduzidos seja quatro.
De acordo com o especialista em reprodução humana Roger Abdelmassih, uma mulher com menos de 35 anos tem de 15% a 18% de chances de ter uma gestação concluída, em casos de fertilização in vitro com um embrião. “Para aumentar as possibilidades de gravidez, muitas clínicas colocam mais de um embrião”, afirma. Com a introdução de dois, as chances de um filho nascido saltam para 50% e 52%. Só em 8% nascem gêmeos.
Quem mais procura clínicas de fertilização são mulheres acima de 35 anos. Neste caso, as chances de filho nascido ficam reduzidas para 32%. “As mulheres de hoje estão priorizando a vida profissional, procurando se estabilizar antes de engravidar. Esquecem que a qualidade do óvulo é melhor até 35 anos”, explica Abdelmassih.
A história da fertilização de mulheres no Brasil é recente. Desde 1984, o número de mulheres que tentam engravidar por este método não pára de crescer. Hoje, mais de 3 milhões de bebês já nasceram por meio de fertilização.
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